Vitiligo: saiba o que é e como tratar

A participação da modelo mineira Natália Deodato no reality show Big Brother Brasil da TV Globo colocou em debate o preconceito e um problema que acomete muitas pessoas: vitiligo. Embora ainda não exista uma causa específica para este problema, acredita-se que o vitiligo está associado com fatores genéticos, ambientais e imunológicos, sendo os principais: alterações autoimunes, em que o próprio sistema imunológico ataca os melanócitos; doenças hereditárias que passam de pais para filhos e lesões na pele, como queimaduras ou exposição a substâncias químicas. Além disso, algumas pessoas podem desencadear a doença ou apresentar piora das lesões após período de estresse ou trauma emocional.

Pela Visão Integrativa Psicosomática, a nossa pele tem origem a partir dos folhetos embrionários; a ectoderme, é um deles, e além de dar origem à parte mais superficial da pele, também dá origem ao nosso sistema nervoso – sendo sensível às questões neurosenssoriais. Os órgãos e tecidos originados a partir da ectoderme correspondem a conflitos de contato e separação, ou conflitos de ataques. Por exemplo, quando queremos perder contato com alguém e não estamos conseguindo, estamos tendo um contato indesejado, sofremos uma separação profunda e brutal, ou também por nos sentirmos “sujos” (no sentido real ou figurado), difamados ou atacados, ou até mesmo sem querer ver e ou sentir o que estamos vendo ou sentindo. Inúmeras lesões de pele podem surgir destes conflitos … e o Vitiligo é um deles ….

Temos sempre que analisar a região do corpo onde os sintomas começaram, pois isso tem relação direta da área que foi impactada com o conflito. E se o Vitiligo for no corpo inteiro temos que olhar para as partes do corpo que a pessoa, por exemplo, não queria mais ter o contato com alguém ou algo ou que a pessoa se sentia “suja” ou “impura” (de acordo com as crenças dela). Na fase ativa do conflito, ou seja, o indivíduo está passando pelo conflito, a epiderme sofre um processo de despigmentação. Por isso o importante é descobrirmos o conflito que a pessoa viveu ou está vivendo para parar os sintomas, no caso do Vitiligo, as manchas esbranquiçadas. Se a pessoa tem uma quantidade de melanócitos (células que produzem a melanina) boa, o Vitiligo pode ser revertido durante a fase de cura. Se procuramos na literatura, há artigos científicos que comprovam a relação do início do Vitiligo com situações estressante, traumas ou questões psicológicas do paciente.

O vitiligo pode ser de dois tipos: segmentar ou unilateral, em que as manchas aparecem em pessoas jovens e acomete apenas uma parte do corpo, podendo atingir pelos e cabelos que também perdem a coloração natural ou não segmentar ou bilateral, em que as manchas aparecem dos dois lados do corpo, geralmente de forma simétrica, iniciando pelas extremidades, por exemplo, no rosto, nas duas mãos ou nos dois pés. A perda de coloração vai evoluindo e acelera em algumas fases, seguida de períodos de estagnação. As áreas sem pigmentação vão se tornando maiores com o passar dos anos e é esse é o tipo mais frequente de vitiligo. Quem tem vitiligo precisa de apoio. O impacto psicológico não pode ser negligenciado – assim como a sociedade precisa ser educada a respeito da doença, diminuindo o preconceito associado à falta de informação.

Por Dra. Flávia Maklouf
Dermatologia Integrativa e estética, CRM. 115.181
Clínica AngioSkincare
@flaviamaklouf.dermato

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