Uma tecnologia desenvolvida no Brasil foi a escolhida, pelo PMA – Programa Mundial de Alimentos (UN – World Food Program) para garantir água potável para 5 mil civis em Madagascar, país da África Oriental afetado por uma
sequência de quatro ciclones no início deste ano. Foram enviados 16 equipamentos da PWTech, em parceria operacional com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
(POLI-USP). O equipamento destaca-se pela alta eficiência, portabilidade e fácil manuseio e operação. “O sistema de purificação de água que criamos é ideal para situações extremas que exigem praticidade, como é o caso de Madagascar hoje. Basta conectar o equipamento na água e ligá-lo que, em menos de um minuto, a água já começa a sair pronta para ser consumida”, afirma Fernando Silva, sócio-diretor da PWTech. Hoje, no Brasil, mais de 35 milhões de pessoas não têm acesso a água potável. Grande parte delas estão localizadas em regiões com baixa disponibilidade hídrica e IDH baixo. “Nesse sentido, nós criamos uma solução inovadora e única no mercado nacional, que é uma solução portátil e adaptável a diferentes tipos de energia, fácil operação e manutenção, para produzir água boa. O projeto piloto rodou às margens da represa Billings, na Ilha do Bororé e foi intitulado de Projeto Nascente. É uma região onde não há saneamento básico e a população consumia água contaminada
ou de caminhão-pipa/galão, o que aumentava os riscos para doenças. Naquele momento, vimos uma necessidade em trazer uma melhora na qualidade para as comunidades”, finaliza.