Em algum momento da sua vida, você já sentiu dor na alma? Uma dor latente, que não é física, mas chega a doer no corpo? Essa dor sempre está ligada a uma área da sua vida; pode ser nos relacionamentos afetivos, familiares, profissionais e, às vezes, nem sabemos de onde ou porque sentimos isso, mas, sentimos. E a resposta está no seu mapa astral e tem nome: Kiron!
Misericórdia, o que é isso? Pois é, isso existe e vibra na sua vida, você o conhecendo ou não, e agora vou te contar o mito de Kiron. Segundo o mito, Kiron é filho de Saturno (Cronos) e da ninfa Filira. Deus, para se esconder da esposa Réia, se metamorfoseou em cavalo para se encontrar com Filira. Dessa união nasceu o centauro, metade cavalo e metade homem. Quando a mãe viu a criatura que ela julgou horrorosa assim que nasceu, pediu aos deuses que a transformassem numa coisa diferente: seu pedido foi atendido e ela foi transformada numa árvore chamada Tília. Kiron ficou abandonado: o pai fugiu e a mãe não quis saber dele. Imortal, por ser filho de Saturno, Kiron sobreviveu, sendo encontrado por Apolo (Deus do Sol dos gregos). Como pai adotivo, Apolo lhe ensinou todos os seus conhecimentos: artes, música, poesia, ética, filosofia, artes divinatórias e profecias, terapias curativas e ciência.
Adulto, tornou-se ele um grande sábio, profeta, médico e mestre, transmitindo seus conhecimentos a todos que desejassem aprender. Os heróis gregos (Hércules, Asclépio, Aquiles, Jason etc.) foram pupilos de Kiron, assim como os filhos dos reis da Grécia. Ele era o ‘centauro chefe’ e o preceptor máximo, tanto das artes da sobrevivência, como da cultura, da filosofia, e passou a orientar e burilar o intelecto dos discípulos, ficando conhecido também por preparar os futuros heróis. Kiron era ainda expert no uso da medicina de ervas e plantas e em Astrologia. Ele tinha o poder de cura nas mãos, e o que não conseguia curar, ninguém mais conseguia.
Mas um dia, durante a festa de casamento de um filho de um rei, os centauros convidados se embriagaram e começaram a perseguir as mulheres, inclusive a noiva. Travou-se uma batalha entre os centauros bêbados e os convidados, entre os quais estava Hércules, que, acidentalmente, feriu Kiron com uma flecha – ou na coxa, ou na perna, ou no pé (há várias versões), ou seja, na parte animal do corpo.
A flecha de Hércules, que havia sido banhada no sangue da Hidra (sendo, portanto, venenosa) causou em Kiron uma ferida incurável. Impotente para curar seu ferimento e não podendo morrer por ser imortal, ele começou a sofrer intensamente, recolhendo-se a uma gruta no monte Pélion onde, porém, continuou transmitindo seus conhecimentos aos discípulos.
Por outro lado, Prometeu havia roubado o fogo dos deuses e dado para os homens, tendo sido, por isso, castigado por Zeus, que expressou que só o libertaria se um imortal abrisse mão de sua imortalidade e fosse para o Hades (reino subterrâneo) em seu lugar. Com pena de Prometeu e de Kiron, Hércules propôs a Zeus que soltasse Prometeu, pois Kiron faria isso. Zeus concordou, liberando Kiron de seu sofrimento, para morrer tranquilamente. O Deus o homenageou, colocando-o no céu como a constelação de Sagitário (sagitta: flecha). A primeira grande dor que Kiron sentiu foi a rejeição e, normalmente, essa dor vibra no signo e casa (setor) do seu mapa em que o Kiron está.
Quer aprender como lidar com essa dor? Venha fazer seu mapa e comece a transformar a dor em força, porque nesse setor está seu grande potencial a ser explorado!