Apresentador comemora audiência aos domingos na RedeTV e ainda encara desafio de programa semanal com prêmios e muita animação
Por Renata Rode / Priscila Silvestre
Fotos: Divulgação
Ele é popular e faz, com muito orgulho, TV para o povo. Geraldo Luís, que volta à televisão aberta, entrou nos domingos para brigar pela audiência com os demais nomes já conhecidos afinal todos sabem que a guerra de números no dia da família é incansável, mas ele e sua equipe vem com um diferencial que explica bem a essência do apresentador: a fórmula de fazer TV contando histórias e espelhando a vida real funciona e muito bem obrigada.
Desde que estreou o “Geral do Povo, em janeiro, na Rede TV, o apresentador vem testando quadros, formas, criando pautas diferentes, homenageando antigos programas e levando alegria e muita diversão às famílias brasileiras. Além do programa dominical, ele comanda um game que se chama Ultra Show, um compilado de provas e desafios que premia participantes e a plateia ao mesmo tempo. A atração vai ao ar toda terça à noite e é dirigida pelo competente Elias Abrão. Quando perguntado sobre seu sonho, ele ressalta: “Já comandei um domingo repleto de audiência anos atrás. Sei como funciona, sei bem o que quero e espero. Por isso, meu grande desafio mesmo é alavancar os números estando no ar todos os domingos ao vivo, na RedeTV a partir das 17h”, comenta..
Aliás, é preciso deixar registrado que Geraldo Luís e sua equipe fazem um trabalho diferenciado: é uma união de jornalismo com entretenimento que resulta na fórmula perfeita. Prova disso são os números da audiência correspondendo ao trabalho e a repercussão de matérias exclusivas como a que o apresentador fez ao entrevistar Bruninho Samudio, filho de Eliza Samudio e do goleiro Bruno. Esse conteúdo foi noticiado e ovacionado por vários veículos de imprensa, já que foi a primeira vez que o jovem falou sobre a morte de sua mãe e como lida com os traumas atualmente. Além dessa reportagem, o Geral do Povo exibiu também a história atual de Andreas Richtofen, anos depois do crime que parou o Brasil.
Em meio a viagens, gravações, pautas e muitos compromissos, ele atendeu a Revista e Portal Infomente com exclusividade em seu camarim e falou sobre a nova fase, críticas, sonhos e equilíbrio, em uma entrevista que está simplesmente imperdível!
Você estreou seu programa que vem contando histórias e fazendo a TV pro povo. Se sente um peixe remando contra a maré já que a TV atual se distanciou do público?
Olha, a sua pergunta foi muito inteligente, pontual e atual. Você não precisa ser crítico de televisão, ou um colunista que estude conteúdo de televisão, para saber que a televisão hoje está num gourmet com o público, né? A TV aberta se distanciou da massa popular. E aí, como é que fica um comunicador popular? Por isso aceitei esse mega desafio, porque a Rede TV foi de uma coragem, num momento de secura, de deserto, da TV aberta, de programas populares e ao vivo e eles resolveram me aceitar para o horário nobre do domingo. Assim, decidi fazer coisas contrárias que todo mundo tem vergonha e tem preguiça de fazer na televisão, que é programar ao vivo, colocar o povo no ar, contar histórias mais simples. Você sabia que a coisa mais difícil de fazer em televisão é conteúdo simples? Eu tenho a menor equipe da TV brasileira. Eu tenho seis produtores para fazer um programa de domingo e eu estou feliz pela capacidade e pela Rede TV me permitir ser o Geraldo Luís.
Podemos dizer que neste projeto você está dando tudo de si? Não que não desse seus duzentos por cento antes rsssss
Sim, sempre fiz o meu melhor, mas nessa fase em que estamos venho mergulhando fundo mesmo, sem descanso. Nenhum programa foi igual ao outro e a cada nova edição, uma surpresa pode acontecer, o que aguça a curiosidade dos telespectadores e dos fãs que não sabem o que esperar da atração. Posso dizer que o Geral do Povo é quase uma catarse, uma mistura de tudo um pouco: no palco uma grande banda, dançarinas, vários anões, personagens e o DJ Jhon Sakra, meu filho, fazendo o que gosta e sabe bem.
Como fica a briga pela audiência?
Eu rasguei meus contratos e tudo fora e fui para a Rede TV exatamente para sair da jaula e poder ser o Geraldo Luís que o povo quer. Então, eu estou muito feliz nadando realmente contra a maré para provar, e nós vamos provar que a TV aberta pode sim fazer aquilo que ela deseja para o povo, que as produções caras geralmente não dão tanta audiência e ficam caras. E uma produção simples e ousada acaba muitas vezes dando resultado. Eu estou recomeçando do zero. O importante é que o povo estava me recebendo de braços abertos. Eu estou muito feliz e eu quero provar a cada domingo que a simplicidade é a magia da TV aberta. O que as pessoas hoje não sabem mais fazer é contar histórias, a resposta está no povo. E como eu entendo o povo, bora lá.
Como foi voltar aos domingos? É especial porque você se emociona…
Voltar aos domingos foi voltar para minha essência, foi provar pra mim mesmo que eu estava certo, que eu quis sim, que o “geradorista” tinha que voltar aos domingos. Eu me tornei o contador de histórias do Brasil, o Brasil e o mundo me conheceram através dos domingos, o horário mais nobre é quando a família brasileira se senta no sofá já esperando algo pra se divertir, pra se emocionar.
E eu gosto imensamente de emocionar, de tocar as pessoas. E a gente consegue tocar as pessoas por onde? Por histórias. Porque cada um de nós, você, que está me lendo agora, está me entrevistando, tem a sua história. Então, foi voltar pra minha essência, porque eu fui mal interpretado, porque eu briguei muito pra voltar aos domingos, pra provar que os domingos das histórias do popular dão certo. E eu paguei um preço muito alto por isso, né? Me tiraram dos domingos, disseram “você não pode voltar mais, não vai voltar mais”, eu falei “não, como não, eu vou fazer minha história nas minhas mãos, começar a fazer uma nova história”, que tudo está nas nossas mãos ninguém tem a chave do nosso talento.
O talento que é seu é seu, eu o levo para onde eu quero.
Qual seu sonho pessoal?
O meu sonho pessoal é dar certo aos domingos, chegar aonde eu mereço chegar, ser encontrado, ser valorizado, principalmente ser valorizado profissionalmente. Que o público, que quem é de televisão fala, “puxa vida, esse cara faz uma coisa mais difícil de televisão, que é o simples”, e o meu sonho pessoal é poder realmente ter uma consagração como comunicador popular. Esse cara, depois de tantos mestres, surgiu aqui esse contador de histórias que fez mudança na televisão brasileira, que contribuiu para uma TV aberta ser de verdade e popular. Porque o popular muitas vezes é massacrado, não é compreendido, é rejeitado, mas é só o popular. A grande saída é o popular, não tem jeito. Quem não acordar pra isso vai perder audiência e vai perder dinheiro com isso. E sempre tem. O público, que o povo esteja sempre comigo, porque eu faço com prazer, isso me nobrece muito.
Há anos fazendo televisão como cuida da sua mente?
Eu cuido da minha saúde mental fazendo aquilo que eu gosto. Procuro não me interromper com vibrações de críticas. Se você parar para ouvir a crítica, você não trabalha. E se eu for atrás da crítica, eu não vou ser o “Geraldo do Povo”. Eu faço televisão pro provo e o que o povo quer ver na TV. Eu assumo isso, eu não tenho vergonha em ser popular. Então, a minha saúde mental é ser um equilíbrio daquilo que eu sou. Claro que muitas vezes você pode errar, já que não existe nenhuma perfeição, e precisamos errar para chegarmos ao melhor. Mas a minha saúde mental é de equilíbrio daquilo que eu sei que sou e que eu preciso ser para o meu público. Eu tenho uma tranquilidade muito grande, e depois que você passa dos 50 anos de idade, a coragem só aumenta. E eu tenho até a coragem de errar. Errar e recomeçar.
Como você cuida da sua saúde mental?
Um dos equilíbrios assim, da mente, é você sempre praticar o bem, sempre ter um equilíbrio espiritual da tua alma e eu, como espírita kardecista, eu faço muito isso, muito, muito. Nos meus exercícios, o maior exercício mental que você pode exercer é você não fazer mal a ninguém, é você saber qual que é a sua função aqui na Terra, é você saber usar aquilo que você tem de melhor e se espalhar nisso, poder transformar vidas, poder ser exemplo para alguém. Para começar, para a sua família, não pisar em absolutamente ninguém, porque a vida é uma esquina, todos nós teremos acertos logo ali na esquina e a vida é muito curta, né? Então, a mente sempre vai estar em equilíbrio quando você faz o bem a você mesmo e aos outros, quando você descobre a sua utilidade, qual é a sua utilidade como profissional, qual é a sua utilidade. Utilidade como pai, como mãe, como funcionário, eu sei qual que é a minha utilidade pública para ser útil a partir de mim mesmo.
O filho virou DJ e está um homem. Como é sua relação com ele? Vai seguir seus passos?
O João é um espírito avançadíssimo, é um filho mais companheiro dessa vida, é um filho amigo, que, às vezes, é até pai Ele é meio pai, 23 anos de idade, é um cara que é apaixonado por música e quando a mulher ou homem é apaixonado por música, boa alma ele é, né? Já dei uma guitarra pra ele quando ele tinha 9 anos de idade, tem um estúdio, é um grande produtor musical, já se formou nas Belas Artes Tá montando um novo estúdio agora, trabalha com produção fonográfica, ama música. Eu digo isso 24 horas por dia, pois ele vai dormir todos os dias às 4h30, 5h da madrugada com o fone no ouvido, buscando criação. E tá aí, ele toca, mas a grande paixão dele é a produção musical realmente. E eu torço muito por ele, eu quero poder patrocinar esse sonho dele, não tô falando de dinheiro, mas de estímulo, né? Porque é muito bom quando você tem talento e é estimulado por alguém que acredita no seu talento, e o João tem o talento musical.
Você está feliz e não é à toa: sua interação com a plateia é única, né?
A plateia (sempre com fantasias inusitadas) é animada e diferenciada, com disposição e vibração enorme, o que faz com que o programa ganhe ares de carnaval o tempo todo. No meu palco eu brinco, danço, falo com a plateia quase que o tempo todo e apresento musicais que são ecléticos, misturando novas gerações, com cantores e bandas de décadas atrás.
Na sua opinião, o que é preciso para conquistar audiência?
Audiência é hábito e construção. Nossa crescente audiência mostra que estamos no caminho certo e ainda vamos incomodar e ser exemplo de fazer a TV aberta como ela deve ser feita. Um programa simples, cenário simples, mas tudo que o povo gosta e espera ver aos domingos e com um cara que elas veem como amigo não apenas como um apresentador segurando seu microfone.