Executiva especializada em cultura organizacional, comportamento e liderança fala sobre sua trajetória e ensinamentos
Rafaela Danzi é uma eterna apaixonada pelo mundo corporativo afinal já são 25 anos de experiência, sendo que ela
iniciou a jornada em busca destas respostas muito cedo. “Comecei a trabalhar aos 14 anos e construiu uma carreira sólida em marketing por 15 anos. Mas queria mais. Precisava de um novo rumo. Queria fazer a diferença na vida das pessoas. Após uma longa jornada, compreendi meu propósito e há 10 anos fundei a The True Bee, empresa onde atuo como CEO, trabalhando intensamente com cultura organizacional, board education, comportamento e liderança, unindo pessoas ao redor de um mesmo propósito com sensibilidade, compromisso e colaboração”. A executiva afirma que se sente orgulhosa de trabalhar com as maiores lideranças do país e segue em constante movimento, em diversas frentes, dando voz ao que acredita. Rafaela ainda é Conselheira de Administração pelo IBGC, palestrante, podcaster e coautora dos livros “Mulheres Que Transformam” e “Mulheres na Liderança”, da Editora Leader.
Que lição de vida você daria para alguém que te admira ou se espelha em você?
Que ressignifique os seus momentos de adversidade, pois são esses momentos nos moldam. Quando olhamos pelas lentes do outro, conseguimos nos libertar do vitimismo e alcançar o protagonismo nas nossas vidas, conseguimos ser a mudança que queremos ver acontecer. Nós não mudamos o outro, nos mudamos a nós mesmos e assim impactamos no outro. Isso não significa fingir que nada está acontecendo. Significa olhar para dentro, o autoconhecimento. Significa entender o seu próprio funcionamento, reconhecer as suas emoções e assumir a responsabilidade no processo de mudança. Significa parar de gastar energia procurando culpados e assumir as rédeas da sua vida.
Você se imaginou chegando no patamar que está em sua carreira?
Sempre fui muito dedicada ao trabalho e tive a sorte de trabalhar com o que amo, isso me inspira todos os dias. Quando pequena, me imaginava tocando um escritório, cheia de responsabilidades e brincava muito disso. O meu objetivo nunca foi “quero ser bem-sucedida”, o meu objetivo sempre foi ser muito boa no meu trabalho e ser reconhecida por isso, deixar um legado, fazer diferença por onde passava. Atingir o patamar que cheguei é consequência disso. O sucesso é consequência de “ups and downs”, de muito suor e ousadia.
O que fez diferença em questão de valores que aprendeu na infância por exemplo, que aplica até hoje inclusive no mundo corporativo?
A minha infância não foi um mar de rosas, contrariei a minha família optando por não fazer o que eles queriam para mim profissionalmente e as minhas escolhas me trouxeram o reconhecimento que buscava. Não significa que foi fácil. Como eu não tinha incentivos, me restava fazer muito bem a minha função e ir além constantemente no que era possível, abraçando novas oportunidades. Eu dizia “sim” e depois aprendia a fazer com muita dedicação e determinação. Resumindo, qualquer coisa que resolver fazer, faça bem feito. Vai limpar o chão? Limpe para que possa comer nele. Aprendi a ouvir o outro de
forma ativa, a enxergar pelas suas lentes, sem rótulos ou julgamentos. Era isso que buscava para mim e hoje tenho o privilégio de fazer com os outros.
O que você pode apresentar sobre inovação?
No mundo em que vivemos, somos obrigados a inovar a cada dia. A natureza do trabalho do séc.XXI é baseada na construção de relacionamentos, na intuição, no propósito. As empresas são um organismo vivo e os grandes líderes já reconhecem a importância e o poder do desenvolvimento humano através do autoconhecimento. Essa é a tendência.
As pessoas precisam estar convencidas do propósito da empresa para escolherem fazer parte dela. Em um passado não muito distante, não parávamos para pensar no que faz sentido para as nossas vidas, éramos levados por ela. Hoje o movimento é contrário. Uma conquista da humanidade.
Que legado você quer deixar?
A minha maior ambição é transformar o mundo através do meu trabalho. O meu propósito é inspirar pessoas a irem além das suas crenças, a enxergarem o mundo com outras lentes, a encontrarem a sua melhor versão. Esse é o legado que quero deixar.
Por Andréia Roma
CEO da Editora Leader, idealizadora de várias iniciativas, coordenadora de centenas de publicações e também
influencer editorial @editoraleader
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