Era pra ser, sim, porque a gente se reconstrói

E não chame isso de “livramento”

Outro dia (ou noite) me peguei pensando no título do meu segundo livro. Por isso fiz questão de repeti-lo no topo da página e, na sequência, no título de novo (sim, propositalmente, leitor querido) para que você se force a pensar. Porque quando algo não dá certo temos a mania de falar esse bordão que já consolou muita gente em mesa de bar:
“não era pra ser”. Vai, até permito que você use essa frase entre uma dose e outra, entre a leve tontura que já dá pontadas em sua cabeça e o pedido de um segundo copo, mas só aceito que faça isso quando estive alcoolizado porque, em sã consciência, era pra ser sim, porque ninguém aprende se não errar.

Sabe, as pessoas também falam coisas do tipo “ninguém casa para separar” então porque cargas da água eu preciso me culpar sobre a escolha (no caso de mães solo) do pai da minha filha? Concordo com o mestre Elton Euler do Corpo Explica que toda nossa vida gera em torno de escolhas, mas, às vezes, elas são disfarçadas ou camufladas pela falta de conhecimento e aí, bingo, lá vai você tomar um tropeção para ver se a vida ensina, porque ela, meu amigo, dá aula e nota zero, sim!

Mas voltando ao que viemos discutir hoje: quando no começo tudo parece dar certo e depois degringola, é preciso mais que coragem, é preciso mais que autoconhecimento, é preciso mais que astúcia, braveza e racionalidade. Quando tudo começa a despencar e a casa ameaça cair é que a gente busca as vigas de sustentação e se agarra, e toma de súbito o último sopro antes que a poeira se espalhe guardando um pouco de ar limpo lá no fundo do
pulmão. É aí que a gente se reinventa, sacode tudo e sai das cinzas, mostrando que está mais forte do que antes e que aprendeu com os erros do passado. Perfeito? Ninguém é, nem ELE. Que dirá nós que somos sua semelhança… E já que estamos em evolução porque não indagar que se não houvesse o caos, não comemoraríamos a calmaria. O que seria da vitória se não fosse a derrota e principalmente, a velha frase que uso sempre: se ninguém morre por
amor, que dirá de separação. Se a vida te separou do que te fazia mal, do que era nocivo ou te levava pra trás porque não dar mais um passo em direção à prosperidade, à cura, ao novo, ao desconhecido e se permitir, pra valer? É isso que vale e por tudo que dedilhei aqui, e principalmente, por você, era pra ser e sempre será! Pro alto e avante!

Por Renata Rode
Renata Rode é jornalista, escritora, assessora, editora da Revista Infomente, produtora da TV Jovem Pan, ariana e mãe, tudo junto e misturado. @renatamrode

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