A nova fase de Rafael Cortez

Entre as tarefas de fazer rir e cantar, ele mostra como apresentador do Matéria Prima um lado mais maduro, seguro e ilimitado

Por: Renata Rode e Aline Sampaio | Fotos: Estúdio Vip Ianni

ue ele sempre teve veia artística, já sabemos, afinal, Rafael Cortez é daquelas figuras multifacetadas que se reciclam, se superam e nos surpreendem, não é mesmo? Músico, jornalista, ator, comediante e idealizador de conteúdos. Podemos dizer que ele é um artista completo. No comando do Matéria Prima na TV Cultura, ele mostra a habilidade de entrevistar de maneira única, afinal, são quase 30 anos de carreira nas artes e muita bagagem de vida. Aliás, pausa para ressaltar aqui uma faceta: Cortez está à frente do projeto escrito e apresentado por ele em uma TV aberta, trabalho realizado por poucos ou quase raros comunicadores. Formado em Jornalismo pela PUC-SP, Rafael atuou na área e hoje, além de estar no ar, investe em sua própria produção literária. Premiado em 2003 com o Prêmio Abril de Conteúdo Digital, o menino prodígio passou por redações, editoras e foi freelancer até se consolidar
como jornalista (e também humorista) do CQC. Suas reportagens e textos de jornalismo e comédia ocupam uma parte de sua produção, que tem o céu como limite, já que o artista se divide em conteúdos para diversos públicos e mídias. Seus roteiros não se limitam à internet ou no mercado literário com livros de autoria própria e prefácios e textos em várias outras obras. Se fossemos descrever os inúmeros trabalhos em TV, Cinema, Teatro, Rádio e Podcasts dedicaríamos todas as páginas da revista e muito mais.

Sem falar na música, sua grande paixão, alimentada atualmente pelo último álbum “Que Sorte a Minha” com
composições próprias de MPB, disco instrumental, projeto “Música Divertida Brasileira”, recitais de violão e shows. Ufa! Dentre tantas qualidades e inquietude de uma mente mais que pensante, Rafael descreve duas de suas principais características como empreendedorismo e uma visão expandida e eclética do fazer arte.

E pensar que tudo começou em 1994 quando o então aspirante a músico de sucesso começou a dedilhar hits tocando um violão solo. Mas a vida lhe desejava muitas surpresas que iam além das trilhas sonoras. Em 2015, ele foi sondado pela produção do CQC, programa da Rede Bandeirantes, e estrelou no canal como repórter e, depois, apresentador. Daí foram várias passagens por canais da TV Aberta, como Globo e Record, em atrações variadas de
entretenimento até o momento atual, em que ele se considera com mais maturidade. Hoje o humorista e apresentador mostra sua autonomia no comando do próprio programa, em que se mostra perfeito, já que faz muito bem a mistura de entrevistador com comediante (na medida) e jornalista, o que garante à atração uma nova versão moderna, realista e agradável, aos olhos e ao público que recebeu a proposta super bem.

Além de fixar seu espaço, mais que merecido, na TV de forma inteligente, como ele sempre buscou, Cortez vive um momento único em sua vida pessoal:  espera de sua primeira herdeira. Declaradamente apaixonado pela esposa, Marcella Calhado e por sua bebê Nara, que deve chegar até a publicação desta edição, ele promete ser o pai do ano e não consegue mais esconder a ansiedade em viver esse momento tão especial. Em nossa conversa falamos
sobre tudo: desafios, amores e desamores, vida, fama, carreira e aspirações. Mais que à vontade (calma, não temos nudes), sem medo de falar sobre o que gosta e o que espera (e esperava) da vida, ele nos fez revelações surpreendentes… Esta imperdível mesmo (não é conversa de editora, não, tá)…

Você declarou que está em um dos melhores momentos da carreira comandando o programa na TV Cultura. Como é esse momento?
Esse momento é muito legal porque eu estou com um projeto que criei para TV aberta e está na TV aberta, que é um lugar muito difícil de se estar. Por isso tantos comunicadores que já fizeram sucesso no passado não estão hoje no ar. Estar no ar em uma emissora com um projeto que eu mesmo escrevi confere um gostinho de realização pessoal, sabe? Eu sei que a televisão é o meu lugar de fala, que é onde tenho que estar e onde eu encontro o meu melhor. É muito raro executar um trabalho que você mesmo escreveu, concebeu e apresenta. Sou grato por esse momento e dou meus 110% a ele.

Você participa de todas as decisões no programa e faz da forma que sempre quis comandar uma atração na televisão?
Sim, eu participo de todas as decisões. Na maior parte do tempo eu comando do jeito que sempre quis. Em termos de dinâmica de autonomia criativa, autonomia para convidar os meus entrevistados, escolha das minhas piadas, minha maneira de conduzir o que escrevo, eu sou muito realizado, eu só não sou 100% feliz na minha maneira de comandar essa atração na televisão, porque eu sigo achando que meu tempo de arte é muito pequeno, é o que mais me aborrece assim. Eu acho que esse é um programa que deveria ter maior duração, salvo isso, é uma realização pessoal incrível.

Qual a diferença do apresentador de hoje para o entrevistador de 15 anos atrás?
Olha eu vou falar da minha experiência. Como apresentador hoje, em relação ao apresentador que eu fui, no começo da minha carreira, posso afirmar que sou muito mais maduro, porque eu sei onde colocar a minha vaidade, que é uma das conquistas do tempo de carreira, e é uma das conquistas da maturidade acima de tudo. Vou completar 46 anos de idade e em 2024 eu vou fazer 30 anos de carreira. Em 1994, eu comecei minha relação com a arte, estudando violão, sendo assistente do último assistente de ensaio fotográfico. Então assim na arte e na comunicação vai rolar esse aniversário de três décadas em 2024. É tempo, é bagagem, sabe? E como apresentador de televisão, eu já passei pela Globo, pela Band, pela Record, pelo Comedy Center, pelo Disney Plus, agora estou na TV Cultura, tive meu próprio canal no Youtube Love Treta, fiz meu próprio podcast Love Treta, fora as milhares apresentações de shows, como comediante, como músico, como improvisador, como como mestre de cerimônia de empresa, então isso vai te dando uma bagagem que naturalmente favorece o trabalho artístico. Mas sendo muito honesto, a diferença do passado para agora é administração do meu próprio ego: você me vê como apresentador do Matéria Prima você pode ter certeza de que você verá um cara que sabe ouvir seus entrevistados. Sabe que a grande burrice da televisão (é um erro que muita gente cai) é se envolver e se apaixonar demais pela ideia de apresentar. Nós não somos mais importantes que nossos entrevistados, e eu aprendi a escutar, essa é minha principal vantagem entre o comunicador que eu de era e o que eu sou hoje. Há alguns anos aprendi também a deixar que o outro brilhe. Seguramente, quando alguém me dava uma entrevista no CQC, em 2008, eu pensava: Porra que legal esse cara está tendo uma oportunidade de ser entrevistado por mim. Em 2022, eu falo: Que massa eu vou ter a oportunidade de entrevistar esse cara. Essa é a grande diferença.

Você se vê mais maduro nas decisões profissionais e o que te levou a isso?
Sim, eu me vejo mais maduro nas minhas decisões profissionais. Hoje, em relação, ao apresentador que eu fui, no começo da minha carreira, e acontecepor conta de todo esse tempo de estrada, por administração do ego como eu lhe disse, e também por porradas da vida. Eu sou um cara que tomou uns sacodes por aí. Não posso negar que tive trajetória muito abençoada, mas eu tomei grandes invertidas. Eu tive muita sorte quando eu fiz o CQC, mas eu não tive nenhuma sorte quando trabalhei na Record, e quando eu tive minha oportunidade na TV Globo. Baixada de bola é uma coisa muito importante na carreira de qualquer artista, a gente sofre muito quando toma um “Pedala Robinho”, como diria o pessoal do Pânico, mas isso é importante para sua edificação do caráter, para continuar a formação profissional que a gente quer passar.

Na sua opinião existe limite para o humor?
Sim, na minha opinião existe sim limite para humor e se chama público. É o público que determina o limite do humor e nunca o comediante. O público determina o limite do humor através de critérios contextuais, coisas que estão acontecendo na sua época. Hoje, por exemplo, o público delimita o que é e como deve ser o humor a partir das suas próprias referências de politicamente correto, casos de diversidade, empoderamento. Esse é o público de 2022. Um público muito mais ligado a causas sensíveis, à discussão sobre diversidade, ao tema da inclusão,
ao respeito das diferenças, ao respeito das opiniões e condutas. Então, o público está pautado por esses critérios atualmente. Ele já esteve pautado por outros critérios em outras épocas da humanidade e do Brasil. Hoje, é assim. Portanto o público passa a adotar uns filtros e o comediante que brigar contra esses filtros e brigar consequentemente contra o seu público, ele vai ter dor de cabeça. Eu como comediante, me adequei. Eu não sou um cara que luta contra seu próprio tempo e espaço. Então há um politicamente correto? Há um patrulhamento ideológico? As pessoas estão sensíveis? Logo eu adapto meu conteúdo a isso. Eu não fico lutando contra esse momento que eu vivo. Pelo menos como comediante, como músico não. Como músico, eu sou muito revoltado ao tempo que a gente vive. Eu sou um músico insatisfeito para caramba. Eu gostava da música dos anos 70. Eu produzo música como nos anos 70. Toco do jeito que se cantava nos anos 70. Eu fazia MPB daquele jeito. Eu fico brigando.
Sou um peixe fora d´água ainda em relação à música de 2022. Mas na comédia não, eu me situei e me adaptei.

Qual sua opinião diante de talentos novos que surgiram na Pandemia (influencers) e você acha que isso é benefício para o mercado humorístico?
Eu tenho respeito pelos novos talentos de outras áreas, desde que eles não tentem entrar na minha. Eu posso ter mil opiniões sobre os influencers, sobre os tik tokers. Eu posso ter muitas críticas para isso, mas eu guardo para mim. A questão para mim passa ser um momento que um influencer ou tik toker rouba meu espaço como apresentador de televisão, como comediante, como apresentador de eventos, isso acontece com alguma frequência, e aí eu fico assistindo aqui a coisa dando errado, porque é cada um no seu quadrado, não me peça para fazer dancinha porque eu não sei fazer isso, mas acho muito errado um tik toker subir no palco e querer fazer um show de comédia stand up ou ir para frente das telas e apresentar um programa. Recentemente, nós tivemos uma influencer que passou
uma vergonha violenta apresentando um programa na Globo. Uma influencer que não sabia olhar para câmera, não sabia ler um TP, não sabia comandar, não sabia entrevistar e o programa dessa pessoa, que não vou dar o nome, foi um fiasco. Virou um case de fracasso. “Sabe, que vergonha que foi esse projeto”. Então por que fez? Eu tenho respeito por todas as pessoas que vivem e agem com postura diferente da minha, mas eu passo a ser mais crítico
quando essas pessoas tentam fazer o que eu faço, sem ter estudado o que eu estudei, sem ter o preparo que eu me obriguei a ter e roubam meu lugar. Aí eu não tenho muito respeito não.

A Infomente fala sempre em saúde mental: o que você faz no seu dia a dia em prol do seu equilíbrio?
Ah…eu toco violão. Toco violão, que uma coisa que me desacelera que me faz bem, que exercita meu cérebro, eu tento me obrigar a tocar violão todos os dias. Em 2024, vai dar 30 anos que estou tocando violão. Então, é uma santa ferramenta. Além disso, sempre que eu posso, eu me enfio no mato, eu tenho um sítio em São Bento do Sapucaí e para lá que vou sempre que tem uma brecha e respiro, ando, desafio, rezo. Eu rezo muito. Eu escuto muita música boa. Eu ouço muita música instrumental. Ouço música no volume baixo e música que fala com o coração. Eu respeito o momento de ouvir música, assim como eu respeito o momento de tocar música. É um momento sagrado.
A música não é uma coisa que fica no meu ambiente assim. Eu acho muito esquisito ir ao bar e dar as costas para um cara que esteja tocando MPB e ficar falando alto, ficar comendo coxinha, tomando cerveja, ficando bêbado, enquanto o cara está tocando coisa linda do Djavan, Caetano e do Chico Buarque. Eu acho isso uma super falta de respeito, porque para mim a música é muito sagrada, de se tocar e de se ouvir. Ela faz parte do equilíbrio mental assim como a imersão à natureza. Recentemente, também estou tentando fazer da academia, um equilíbrio mental.

O que você faz para exercitar sua mente?
Certamente eu exercito minha mente tocando violão, especialmente violão clássico. Eu estou sempre repassando meu repertório. Tem momentos que eu esqueço de tocar essas músicas e consequentemente, eu não lembro muito. Aí é uma coisa maravilhosa, pois tem hora que a mão lembra o cérebro. É quando eu sento e falo assim: “como é que era mesmo aquela música?”. Aí eu leio um pedaço e falo: “aqui eu não sei como é que vou”. Enquanto eu estiver
racionalizando, isso e olhando, não sai, mas as vezes eu fecho os olhos, eu viro a cabeça para outro lado, e não olho para o braço do violão, e a minha mãe lembra o meu cérebro. Em outros momentos, é o cérebro que lembra a minha mão. A sua atividade musical, especialmente da música clássica, tocar o violão solo, é um grande exercício mental. A leitura também é exercício mental para mim. Eu tenho mais dificuldade com os textos muito difíceis para
exercitar a minha mente. Volta e meia eu pego um e vamos ler isso aqui, isso é importante, fora da minha zona de conforto, vamos ver. Também escrevo poema, para exercitar, buscar rimas, pensar em métricas. Acho tudo isso muito valioso.

O Rafael se divide entre ator, humorista, dublador, apresentador, cantor… Qual versão te alimenta mais?
Seguramente a versão que mais me alimenta e mais me faz feliz, não é necessariamente a versão que se popularizou. Você pode ter certeza, que sou mais feliz como músico, do que como comediante, você pode ter certeza. E explico o porquê: a comédia me deu tudo! Com a comédia, eu comprei meu apartamento. Com a comédia, eu fui apresentado ao grande público, me tornei uma pessoa pública. A comédia me possibilitou trabalhar nas melhores emissoras do país. A comédia me possibilitou participar de um programa que é uma lenda dentro do cenário da comédia, o CQC. Com a comédia, eu fui para o Japão. Você imagina? Eu conheci o Brasil inteiro. Eu conheci gente. Graças à comédia, eu namorei. Eu bebi. Eu comi. Eu ri. Eu fiz rir. A comédia, ela me realizou muito. Então, o meu nível de referência, quando você fala de realização pessoal, com arte, é muito alto. Porque a comédia estabeleceu esse limite. Eu sei que é bom, por conta da comédia, mas eu não consigo usufruir de tudo que eu já usufrui com a comédia na música. Eu fico muito triste com isso. Talvez a música seja onde revele o meu melhor lado. A minha música, e meu lado musical, revelam o melhor da minha personalidade. Com certeza absoluta. Quem quiser me conhecer intensamente, quem quiser saber o que há no meu coração, tem que me ouvir tocar, e não me
ver contar piadas. Mas isso não se popularizou, pois eu estou estereotipado, como comediante, e o Brasil é um país cruel. Se você é uma coisa você sempre será essa coisa, especialmente na arte. Então,o grande público acha que sou comediante. E a pessoa nem se predispõe a me ouvir cantar. Falam: “Então tá? Esse cara é comediante, então
nem vou ouvir!”. Eu nem se quer sou julgado. Não é que as pessoas falam: “Te ouço cantar e tocar e acho você desafinado, acho você ruim, não gosto da sua música, não gosto do seu canto”. As pessoas nem sequer escutam! E eu fico insistindo porque pra mim é uma questão de honra: “peraí, como assim? Eu vi tantas coisas incríveis
com a comédia, eu não consigo viver com a música?”. Então a música é o que mais me realiza, pois mostra o melhor de mim sempre e ao mesmo tempo ela é um grande desafio para mim. Tipo, eu já colhi muito do humor e da TV também. Eu já colhi até da internet, né? Mas não consigo colher da música. Então eu preciso insistir nela.

Agora vamos ver uma nova versão sua, o Rafael pai, como está esse coração e essa ansiedade?
A coração está a mil eu estou ansiosíssimo. Estou muito feliz. Estou muito realizado porque aconteceu uma coisa que queria demais para minha vida e está vindo na hora certa. Eu vou fazer 46 anos e eu já me diverti demais, curti demais muitas coisas e isso está dando um significado novo para minha vida. Então a Nara vem aí. Eu tenho até medo de depositar coisas demais na minha filha. Mas eu deposito sim. Eu deposito muito expectativa boa e
estou cheio de amor por ela. Ela nem nasceu e já é a coisa que mais amo. Não sei como é a coisa. Mas é aquilo que mais amo no mundo.

Como está se preparando para essa nova fase da sua vida pessoal?
Eu me mudei, fui morar com minha mulher. A gente não morava junto ainda. Saí do meu apartamento onde morei sozinho por 12 anos. Então estou me preparando para essa nova fase. Primeiro organizando tudo: é um tal de ver o que fica, o que vai, o que vende, o que dá. Agora a preparação está sendo estruturar realmente a casa e a vida para a chegada dela. Ao mesmo tempo, eu estou fazendo academia para ficar mais forte, mais disposto. E também não
nego, eu também estou me despedindo de algumas liberdades que eu vou perder quando ela nascer. Então, estou tomando meus últimos vinhos solitários, fazendo minhas últimas viagens um pouco mais longas. E estou tentando dormir o máximo que posso, pois eu sei que isso vai mudar.

Sobre a vida profissional, você já fez de tudo um pouco… Qual seu sonho?
Sobre vida profissional, eu sou cara muito realizado, eu posso não estar satisfeito com alguns rumos da minha carreira, mas é benéfico questionar coisas que aconteceram, analisar os desenvolvimentos… Suponha que meu programa Matéria Prima, que está no ar na TV Cultura, acabasse agora, eu já seria um cara profundamente realizado. Porque eu consegui exibir por duas temporadas, um programa que eu mesmo criei na TV aberta. Se a minha carreira
de comediante também se encerrasse agora, se amanhã eu fosse fazer um show, como de fato eu vou fazer, e não tiver uma única pessoa, eu não vou ficar infeliz para cacete. É claro que eu vou ficar triste, mas infeliz, não. Eu já me realizei como comediante. Por tudo aquilo que já disse : CQC, Japão, apartamento, patrimônio, público, amor. Então como profissional, eu sou um cara que viveu grandes realizações, mas sendo bem objetivo eu ficaria bastante realizado se eu fizesse uma novela. Novela é o único gênero televisivo o qual e jamais participei. Eu fiz reality show, eu apresentei show de talento, apresentei show de namoro, fiz comédia, fiz sitcom, fiz jornalismo televisivo, enfim, mas nunca ninguém me convidou para fazer um papel em uma novela. No dia que eu fizer um papel em
uma novela poderei dizer que conheço tudo da TV, que conheço a TV em 360 graus.

O que podemos esperar de novidades nesse segundo semestre?
Várias novidades. Tem muita coisa para acontecer no meu programa. Tem a chegada da Nara que é a maior novidade da minha vida. Consequentemente, eu vou produzir alguns conteúdos com esse olhar ressignificado, olhar de pai. Tem também o lançamento de um disco que estou fazendo, vai sair nas plataformas de áudio, um disco com voz e violão que só canto clássicos da MPB, sozinho, no estúdio. Também estou produzindo um novo conteúdo
para redes sociais, eu ainda estou desenvolvendo, eu vou começar a gravar. Enfim, é isso. Eu estou muito feliz e grato (e maduro) e de novo visual.