A nova economia

Que tal conhecer o trabalho de economistas e pensadores de novos modelos econômicos? Estes já deixaram de ser “alternativos” e passaram a estar presente em nosso dia a dia. Já conhece algum ponto de economia solidária? São locais onde encontramos produtos de qualidade a preço justo e direto do produtor. Já é uma tendência mundial e uma referência no tema é a economista britânica Kate Raworth, criadora da Economia Donut (“Doughnut Economics”). Kate relata que já na faculdade participava de movimentos sobre a nova economia como solução para os desafios enfrentados, tendo como imagem da prosperidade o nosso bem estar. Kate no seu livro e entrevistas no Youtube traz propostas acessíveis que vão de uma análise do sistema atual, mobilidade urbana, repensar espaços compartilhados, nossas necessidades de alimento, moradia, saúde, educação até o sustento básico da vida, respeitando os limites do nosso planeta.

Conhecemos o Donut como uma rosquinha, mas na verdade, os especialistas consideram este modelo como uma bússola para a prosperidade humana no século XXI, com o objetivo de atender às necessidades de todas as pessoas dentro dos meios do planeta vivo. O Donut consiste em dois anéis concêntricos: uma fundação social, para garantir que ninguém fique abaixo do que é essencial da vida, e o limite ecológico, para garantir que a humanidade não ultrapasse coletivamente as fronteiras planetárias que protegem os sistemas de suporte à vida da Terra. Entre esses dois conjuntos de limites está um espaço em forma de rosquinha que é ecologicamente seguro e socialmente justo: um espaço no qual a humanidade pode prosperar.

Este diagrama, de forma didática consegue abordar de forma simples os problemas ambientais (mudanças climáticas, acidificação dos oceanos, poluição química e do ar), a dependência da vida humana em relação recursos naturais como: água, comida, energia e as demandas coletivas como educação, paz, justiça, direitos iguais nas questões de gênero e uma distribuição de renda mais inclusiva. Como solução propõe uma Economia Regenerativa, com proposta de ações e indicadores econômicos mais abrangentes do que o atual, que classifica a economia dos países a partir do PIB (Produto Interno Bruto).

Quer saber mais? Acesse: https://doughnuteconomics.org/about-doughnut-economics

Por Francis Saliba
Ecóloga/UNESP, consultora em gestão ambiental, licenciamento, resíduos, auditorias, elaboração de projetos, contratos e treinamentos
@francys_saliba

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