A epilepsia no mundo: enfermidade atinge mais de 50 milhões de pessoas

A campanha Março Roxo tem como objetivo conscientizar a população sobre a epilepsia e combater o
preconceito que as vítimas da síndrome sofrem. A doença é uma condição neurológica bastante comum,
caracterizada pela ocorrência de crises epilépticas, que se repetem a intervalos variáveis. A patologia pode ter diversas causas que variam de acordo com o tipo de epilepsia e com a idade da pessoa. O neurocirurgião do Hospital das Clínicas, Dr Kleber Duarte, explica que em raros casos a disfunção pode ter tratamento. “A cirurgia é indicada quando se faz necessário o controle dos sintomas, das crises, que estão causando sérios acometimentos à pessoa e o controle com medicamentos não é satisfatório. Há algumas doenças que tem lesões que podem ser removidas através de cirurgias. Alguns tumores causam convulsões e a remoção destes causam melhora nos sintomas. Há alterações no desenvolvimento do cérebro que causam convulsões. Algumas destas podem ser removidas.”, afirma o neurocirurgião. A epilepsia geralmente não tem cura, mas tem tratamento, com a possibilidade de uma vida digna. Ainda de acordo com o neurocirurgião é preciso ficarmos atentos à estigmatização da doença para não gerar preconceito e causar mais sofrimento ao paciente. Você sabe como ajudar alguém em crise? “Proteja a pessoa, deite-a de lado, com a cabeça virada para um dos lados, para ajudar a respirar e prevenir aspiração de secreções e vômito; remova objetos e móveis próximos com os quais a pessoa possa se ferir; não ofereça comida ou bebida; não restrinja os movimentos; não tente proteger a língua da pessoa, pois ela poderá mordê-lo ou se machucar. A crença popular de que é possível enrolar e engolir a língua durante a crise não tem fundamento. A língua é um músculo e, como os demais, também se contrai durante a crise”, ensina.

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