Para o desenvolvimento saudável e o bom desempenho dos alunos, do corpo docente e dos funcionários, a higienização e a limpeza das escolas precisam ser parte da rotina escolar. Segundo dados
divulgados no relatório “Pronto para aprender e prosperar: saúde na escola e nutrição do mundo”, construído pela Organização das Nações para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), uma a cada três crianças no mundo não têm acesso à água potável em suas escolas. O documento ainda relata que quase metade das instituições carece de instalações sanitárias básicas, o que impossibilita os alunos de lavarem adequadamente suas mãos com água e sabão. A situação afeta, principalmente, crianças de países de baixa renda, com menos probabilidade de frequentar escolas que oferecem sistemas básicos de saúde. A cobertura mais fraca é na África Subsaariana e no Pacífico, segundo informações relatadas no texto. Para Fernando Silva, CEO da PWTech, startup voltada para sistemas de filtragem, a situação requer a construção de um plano de ação efetivo, que priorize o bem-estar infantil em regiões de extrema pobreza, que convivem com a escassez de água potável, a falta de saneamento básico e sistemas de tratamento de esgoto, para que não haja aumento no número de infecções e viroses dentro das comunidades. “A disponibilização de recursos básicos em instituições de ensino é fundamental. A escola é sinônimo de segurança e aprendizado, um local no qual os alunos se sintam bem. Com a falta de instalações sanitárias básicas, crianças e adolescentes estão suscetíveis a doenças infecciosas, como a
diarréia aguda, considerada a segunda maior causa de morte entre as crianças menores de 5 anos”,
explica o especialista. Hoje, no Brasil, 14,3% das crianças e adolescentes não conseguem ter o direito ao acesso à água garantido, totalizando 7,6 milhões de crianças e adolescentes. 7.5% têm água em casa, mas não filtrada ou procedente de fonte segura e 6,8% não contam com sistema de água dentro de suas casas, estando em privação extrema. As privações de água variam de acordo com a região, sendo predominantes no Norte, no Nordeste e na zona rural. “Quando há investimento em saneamento básico, há melhorias na saúde e no meio ambiente, impactando positivamente na economia e na qualidade de vida da população. Logo, há um aumento no Índice de Desenvolvimento Humano”, reforça Silva.