A importância de deixar o passado, no passado
Hoje vamos falar de passado saudável. O que quer dizer isso? Aquela história de flashback que não fica te cutucando todo dia, sabe? Aliás, você tem noção da importância de ter o tal “passado resolvido”? Nos aplicativos de namoro ou nas redes as pessoas chamam isso de “terapia em dia”. Tudo porque o que pesa não é necessariamente você ter tido um passado, porque, se temos isso, é porque vivemos (e que bom, né?). O essencial é saber deixar o passado lá atrás e não viver o alimentando, nem contaminando as pessoas ao seu redor. Sim, é preciso ter coragem e mais, ousadia, para encarar isso de frente e resolver. É preciso saber perdoar e não quer dizer que você vai adorar aquela pessoa quer te fez um mal um dia, amar ela de novo, conviver ou falar com ela. É preciso entender que é necessário deixar ela ir, em todos os sentidos.
Nada de ficar olhando redes sociais, de ficar tentando criar com a mente conexões que possivelmente nem existem mais, é preciso desapegar. A vida tem que ser assim: de desapego. Senão você começa a dormir e acordar com um peso nos ombros que massagem nenhuma vai amenizar, fora o abismo emocional em que você se enfia feito avestruz achando que vai resolver tudo.
É puro instinto de sobrevivência: você olha para trás, entende seu papel, o daquela pessoa e todas as influências do espaço e admite: “eu te amo”, “eu te perdôo”, “sinto muito” e “obrigada”. Sim, esse é o famoso Ho’oponopono que significa “corrigir um erro” ou “colocar em ordem perfeita”, na língua havaiana. Se dividirmos a palavra seria assim “Ho’o” significa causa e “ponopono” quer dizer endireitar, arrumar, alterar, revisar, ajustar, corrigir, ordenar. Essa técnica que alguns chamam de oração consiste em um ritual havaiano utilizado pelos antigos sacerdotes, para resolver problemas. Basta que você mentalize a pessoa do passado e fale o nome dela e em seguida as quatro frases mágicas, repetindo em voz alta, diversas e diversas vezes por dia, até sentir que o sentimento de mágoa, raiva ou rancor diminuiu ou foi embora. Sim, exteriorizar cura e é uma espécie de terapia. Aí você deve estar se perguntando porque vou dizer “eu te amo” pra quem me magoou, porque em algum momento, se te magoou é porque você ama. E continuam os questionamentos: por que devo dizer que “sinto
muito”? Porque se não é confortável pra você também não é para aquela pessoa. O “me perdoe” parece forte? Não é. Para toda ação há uma reação então, é necessário perdoar para deixar para trás porque aquela energia fica lá, some, se desintegra, não te incomoda mais. E o mais importante: “sou grata” ou “obrigado” é porque tudo que era pra ser, e sim, você agradece a experiência que criou com tudo isso. Aprende, evolue, deixa ir e, ao olhar pro futuro, segue mais feliz.
Por Renata Rode
Renata Rode é jornalista, escritora, assessora, editora da Revista Infomente, produtora da TV Jovem Pan, ariana e
mãe, tudo junto e misturado.
@renatamrode