Psicóloga clínica e fundadora da Psicolight Administradora de Empresas contabiliza 30 anos de carreira organizacional
Mestre em Intervenção Comportamental, pós-graduada em Marketing e Gestão, Jacqueline Texeira ainda é psicóloga clínica, fundadora e CEO da Psicolight, Administradora de Empresas e detentora de diversas certificações, como Gestão de Projetos, Black Belt, Designer Think, Programação Neurolinguística, Master Coach, Constelação Sistêmica, Constelações Oníricas na Abordagem Transpessoal e Formazione Docenti Costellazioni e Sistema Gemellare – Metodo Freni®. Atua há 30 em carreira organizacional (multinacionais de Seguros e instituições financeiras), 12 anos em carreira acadêmica (escolas e universidades), 26 anos em carreira clínica (consultório), 13 anos em supervisão clínica (supervisão particular e em clínicas e plataformas), 5 anos como palestrante e escritora.
Em meio a uma rotina bastante atribulada, ela dividiu um pouco de seu conhecimento conosco, em uma entrevista exclusiva.
Que lição de vida você daria para alguém que a admira ou se espelha em você?
Eu diria que a persistência, a disciplina, a honestidade e o amor são as melhores ferramentas para conquistar o sucesso. Que entender a si mesmo é o caminho para isso, a persistência e a disciplina são fruto da autoconfiança, e o amor ao próximo fruto do amor a si mesmo. Portanto, ninguém atinge seus sonhos sem autoconhecimento, autoestima, autoconfiança e autorresponsabilidade. Cuide de si mesmo para estar sempre pronto para o mundo e para as possibilidades que ele lhe trará. Lembre-se: uma conquista precisa ser sonhada antes.
Você se imaginou chegando no patamar que está em sua carreira?
Me imaginei, sim, mas ainda estou no meio do caminho. Acredito que tudo que alguém alcança na vida precisa ser sonhado antes, nada pode existir no mundo material sem ter sido criado na mente. Sem sonhos não há futuro, portanto, nunca deixe de sonhar.
O que fez diferença em questão de valores que aprendeu na infância por exemplo, que aplica até hoje inclusive no mundo corporativo?
Tive um pai muito inspirador. Ele teve vários negócios, tanto na indústria como no agro. Alguns deram muito certo, outros nem tanto. Mas além da criatividade, força de espirito e de caráter, o mais importante me parece ser o compromisso com a entrega e a gentileza. Nunca desistir do sonho ou do próximo e ser gentil ao incentivar os demais. As pessoas são diferentes, mas todas querem ser reconhecidas pelo que são. Ao ensinar ou treinar alguém, lembre-se: sua crítica pode destruir uma vida, quando precisar fazer uma, deixe a sua alma falar a alma do próximo.
O que você pode apresentar sobre inovação?
A inovação nos trouxe até aqui, ela move os seres humanos, é a luz do desenvolvimento: na tecnologia, nas ciências, na medicina, nos métodos e na técnicas psicológicas, na política, em todas as áreas da vida. No entanto, ela deve servir ao homem, e não o homem servir à inovação. A principal função da inovação é simplificar ou tornar algo mais eficiente. No entanto, as facilidades e a excessiva rapidez no mundo atual não fazem somente bem ao ser humano; também o torna distante da paciência e da perseverança, aumenta a ansiedade, diminui a tolerância à frustração. Também torna o indivíduo distante e intolerante ao próximo, e sem o próximo o ser humano não pode ser nada. O homem existe pela validação da sua existência, que é feita pelo outro, não pelo espelho. Nós somos um ser social, e de certa maneira a inovação tem falhado em ampliar relações e interações. Nos libera de muitos afazeres, simplifica processos e atividades, traz rapidez e velocidade na entrega de serviços. E o que o ser humano tem feito com essa melhoria? Não gera tempo de qualidade, nem no trabalho, nem na vida familiar ou social; investe esse tempo em função da conexão exagerada com as telas e se aprisiona, esquivando-se de frustrações e relações.
Com base na sua experiência, o que você gostaria de destacar, que seja relevante para essa entrevista?
Nossa expansão como indivíduo é decorrente das habilidades de relacionamento com o mundo: nossos pais, amigos, trabalho, lazer, amor. Se não aprendemos a nos relacionar, restringimos o nosso mundo. Então, se só puder fazer uma coisa por si mesmo, relacione-se.
Que legado você quer deixar?
A vida é agora! Por isso, faço tudo o que posso: ensino, dou mentoria e cursos, escrevo livros, crio métodos, tenho uma empresa que valoriza e apoia iniciantes de carreira na área terapêutica a tornarem-se sua melhor versão profissional e ainda oferta atendimento a custo social. Quero deixar somente saudades e inspiração. Se tudo que fiz, faço e vou fazer ainda, tiver importância, as pessoas sentirão saudades, as pessoas se inspirarão no que deixei, e poderão chegar onde não pude ir.