Educação financeira é essencial para fugir do rompimento

Estudos mundiais afirmam que a causa de pelo menos 50% das separações é a crise financeira. É claro que todos estamos sujeitos a obstáculos no meio do caminho, porém o brasileiro vive um comportamento que sabota os relacionamentos: a falta de conversa sobre educação financeira. Ainda, de acordo com uma nova pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 57% dos divórcios realizados no Brasil na última década foram motivados por problemas financeiros. Em seguida, aparece a rotina e a falta de tempo como principais causas das separações conjugais. O economista Bruno Musa define que conversar sobre finanças desde o início da relação é primordial. “Realmente vejo que muitos casais têm um tabu grande em falar sobre isso. Eu sempre tive uma boa lição dentro de casa: que isso não tem que ser um tabu, como
acontece na maioria das famílias. O fato é que acabamos replicando o que aprendemos dentro de casa. É preciso haver a conversa e divisões de valores de maneira natural, para que tudo flua bem. Quanto mais conversar, transparecer e elucidar, menor será o risco de problemas futuros”, explica o especialista.

O que o orientador financeiro quer dizer é que precisamos conversar não só sobre dinheiro, mas é necessário que haja um combinado sobre tudo. “Muitas pessoas jogam ou terceirizam a responsabilidade no tempo, dizendo que não tem tempo para estruturar ou dinheiro ou simplesmente não conseguem planejar as coisas, mas é preciso arrumar a casa sim. Se você estruturar isso e focar, as chances de sucesso num casamento aumentam muito e isso tem a ver também com a parte financeira como um todo. Acho que é um conjunto de coisas, mas que o brasileiro como pouco conhecedor de educação financeira precisa se aprofundar”, explica. Bom, por aqui algumas pessoas se sentem invadidas quando no momento da paquera perguntamos o que o pretendente faz profissionalmente, então, imagine conversar sobre valores? Já em outros lugares como nos Estados Unidos, é comum já nos primeiros encontros um falar para o outro o que faz e quanto ganha por ano com determinada profissão. Para eles é mais que natural propagar essa informação e, de certa forma, a leitura sobre o outro, sinergia e afinidades. Finalizando: quanto mais clareza tivermos sobre o papel de cada um na relação, sobre o que esperamos e almejamos, mais certo será o desfecho para o lado positivo da história. Resumindo em uma frase: “o combinado não é caro”. Em todos os sentidos, viu?

Por Renata Rode
Renata Rode é jornalista, escritora, assessora, editora da Revista Infomente, produtora da TV Jovem Pan, ariana e
mãe, tudo junto e misturado.
@renatamrode

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