Como será o Amanhã?

Parece coisa de idoso, mas quem nunca se perguntou de como seria imaginar o futuro estando no presente?! Na infância, nenhum de nós pensa de como seria o futuro, salvo durante as brincadeiras em meio a todo ilusionismo que a tenra idade nos proporciona. Em verdade, criança vive intensamente o hoje com se houvesse fim. Estão certas, pois, ao crescer nos tornamos, por vezes, individualistas, amargos, desesperançosos e até pessimistas. Feliz daquele que mantem sua infância viva e atuante sobre as responsabilidades de um adulto (os poucos existentes, é claro). Como já ultrapassei os 40 (idade), verifico com o passar do tempo as mudanças alcançadas pela sociedade, de um modo especial o ser humano. Pois é, nesse pensar que repousa minhas inúmeras dúvidas e, acredito que a de muitos como eu parece não haver resposta. Essa lacuna instalada em virtude dos anos passados nos remete a esta reflexão do “velho” com o “novo”. Quanta mudança entre gerações…No passado, tínhamos o dever em chamar nossos pais e pessoas mais velhas de Senhor ou Senhora, hoje, com o progresso da humanidade, é quase um vale tudo. Vale até um fdp, entre outros que prefiro me reservar ao silêncio. Com efeito, o “normal” da atualidade era a aberração no passado, mas o tempo muda e com ele você vai se ajeitando daqui e dali e quando percebe, virou um alienado como os demais. Não sou fechado a mudanças, mas tudo tem limite, concorda? O que fizeram com a instituição família? E os extintos princípios morais, onde foram parar? A impressão que tenho é de que o certo se tornou errado e o errado, certo, certo? Em um tempo em que um filho de 40 anos de idade vive morando e sustentado pelos pais é considerado algo normal, pra mim, é de cair os cabelos do esfíncter! Bem, se for pensar como parte desses “normais”, estão no lucro, pois poderia ser pior. Poderiam estar sustentando o filho, os netos, a esposa dos filhos, o cachorro do filho e sei lá mais o que. E por falar em cachorro, a “modernidade” trouxe esse “novo conceito” de que o animal deve ser humanizado e coisa e tal, antes de mais nada já digo que adoro cachorro e desde criança sempre os tive, inclusive ainda tenho um. Existem pessoas tão dedicadas a essa tal de humanização de animais ao ponto de se colorem em perigo diante de uma ameaça ou iminência de morte de um animal, porém, se recusa a participar de uma campanha contra o aborto, mas se permite dizer que é a favor da vida (vai entender)! Enfim, não estou aqui jogando pedras em quem pensa diversamente a mim, mesmo porque a divergência é saudável e faz parte da Democracia. O problema repousa nos demonizados que transitam entre nós com roupagem de “normais”. Para o poeta grego Hesíodo (século VIII a. C), os demônios eram as almas das pessoas mortas que tinham a missão de cuidar dos vivos (parece que a poesia imita a realidade atual). Inclusive, os filósofos da tradição socrática, como Platão, consideravam o demônio como um ser que guiava e inculcava conhecimentos aos humanos, claramente uma concepção hiperpositiva do conceito para os gregos. Me parece que os “antigos” viveram a vanguarda do seu tempo ou tinham poderes paranormais para desvendar o futuro. Essa reflexão não traz qualquer conotação sobre a religião, mesmo porque isso é algo plenamente démodé, em desuso, antiquado em que poucos, por não afirmar quase ninguém mais pratica esse ofício da fé. Como registro, eu e minha família fazemos parte desse microgrupo de religiosos (católico apostólico romano) e não me permito consagrar como santo ou ter o direito de julgar ninguém, apenas emito minha opinião respeitando os limites de quem diverge de mim. As questões que trago à baila em nada tem a ver com religião, opção sexual, raça, cor, etc. Minha análise se debruça sobre a humanidade como um todo. Levo a exemplo, parte da população não consegue se adequar ao mercado de trabalho e não se trata de falta de oportunidade e blá, blá, blá. Falo de postura, compromisso, iniciativa e caráter. Pergunte a um empresário que trabalhe com funcionários de mão de obra barata e sem qualificação. Vá a uma lanchonete de fast food pra ver. Tá eu sei, temos casos para elogiar, mas confessem, são bem poucos. Geralmente o funcionário está pouco se lixando para o patrão, que dirá para com a empresa. O que importa é cumprir o horário, sem ao menos raciocinar se o patrão, ao longo do mês não tiver lucro ele não terá salário. É uma cadeia de custódia sintética, na qual cada um depende do outro e cada qual tem a sua importância e valor nesse ciclo, senão, o fracasso é garantido. se o bem maior, a vida, perdeu o seu valor o que dizer dos demais. Todos os dias o noticiário veicula casos de mortes violentas, bárbaras e banais, ao ponto de “nos acostumarmos” com isso. A tecnologia trouxe inovações e avanços significativos, entretanto, me parece ter “emburrecido” muitos na mesma proporção. A comodidade faz parte da humanidade hoje em dia. O sucesso parece que reserva relevância por que você é o que é por alguém o dizer que é assim ou é em razão daquele a quem lhe representa. As conquistas foram deixadas de lado e abriram espaço para o assistencialismo desenfreado que nutre a comodidade e a falta de interesse. Outro dia, enquanto aguardava o elevador chegar no andar desejado, pude ouvir dois senhores que conversavam em altos brados e um falou para o outro: “sabe por que uns estão na merda e outros voando?: “por que os que estão voando não têm preguiça de acordar cedo, batalhar, buscar suas conquistas e realizações sem esperar nada dos outros, possuem resiliência e ambição na vida. Quem está na merda é por que deseja estar ali” E fechou com a seguinte frase: “por mais que a abelha explique à mosca que a flor é melhor que o lixo, a mosca não entenderá, porque cada um vive na sua verdade. Faça um teste, tente ajudar um necessitado e aguarde o resultado dessa ajuda. Biblicamente falando, eu sei que devemos ajudar uns aos outros, mas, nos tempos atuais, isso parece ser proposta de quem deseja ser enganado. Basta ficar parado no semáforo e veremos inúmeros necessitados fazendo malabares, vendendo balas, com cartazes solicitando comida, remédio e há quem tem a cara de pau em pedir dinheiro para beber, etc. Notaram que quase todos esses necessitados são crianças ou na maioria das vezes pessoas de idade mediana, saudáveis, muitos até bem alinhados (roupas)? Pois bem, ninguém consegue emprego ou algo informal, sei lá, varrer a frente de uma empresa, loja, comércio em troca de alimento, carpir um terreno, prestar serviço braçal, levar compras em um mercado, etc??? Toda essa análise diverge do pensamento de muitos, mas, antes de julgar se isso é verdade ou não, faça uma pesquisa de campo, verifique se os necessitados realmente são necessitados. Se os que pedem são realmente aqueles em que todas as portas se fecharam para si ou se fecharam por falta de compromisso, caráter, responsabilidade, oportunismo ou mau-caratismo. Eu lhe convido a fazer um teste, a cada parada no semáforo sempre faça uma doação em espécie e calcule ao término do mês quanto você contribuiu para os necessitados. Aproveite e faça uma análise sobre as suas dificuldades para conquistar os seus sonhos, o quanto vale a sua hora trabalhada, o tempo que fica distante de seus filhos enquanto trabalha, o quão difícil é comprar um automóvel, uma casa ou um iphone de última geração. Por mais que façam por você um dia a vida irá lhe cobrar, a diferença é que a vida é implacável e não faz massagem, ela bate com muita violência. Quem se torna fraco, a vida lhe impõe dureza como castigo. O ser humano está desacreditado e como a maioria sempre tem razão sob determinada ótica, eu me declaro errado, mas, persisto em afirmar minha opinião. Reforço não haver nenhum interesse em atacar quem quer que seja, todavia, a humanidade mudou e parte dela para o pior e me permito parafrasear sob a letra da cantora, Simone: “… como será o amanhã….como vai ser, o meu destino????…

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