Confira 5 dicas para potencializar sua memória
Com tanta informação vinda de diferentes canais, queixas sobre memórias são cada vez mais recorrentes.
A memória é compreendida como a habilidade cognitiva que permite adquirir, reter e recuperar informações. O processo de armazenamento consiste em adquirir informações vindas do meio externo por meio dos órgãos dos sentidos, ocorrendo na sequência à retenção de informações na memória de forma que possam ser utilizadas posteriormente quando necessárias.
Thais Bento Lima Silva, professora, Doutora, gerontóloga pela USP e parceira científica do Método Supera explica que esse armazenamento é resultado de uma aprendizagem, da forma como essa informação é retida ao longo da vida o que nos permite depois recordá-la. “A memória tem sua função além dos limites da atividade cognitiva, podendo interagir com outras funções do cérebro com certa intimidade – criatividade, afeto, motivação, emoção, etc. – que são ligadas ao
equilíbrio do organismo”, detalhou.
Por meio da memória construímos nossa identidade social, pois é nela que registramos nossas experiências de vida, nossas relações com outras pessoas e, dessa forma, vamos nos constituindo como sujeitos. A memória de curto prazo ou memória de trabalho possui a capacidade de reter a informação por um período maior se comparada à memória sensorial, mas sua duração ainda é pequena. Esse é um estágio onde ocorre a transferência de informações da memória sensorial, e quando as informações que foram recuperadas da memória de longo prazo se tornam conscientes.
Essa memória refere-se ao trabalho como: “Uma importante função que ocorre na memória de curto prazo chamada de codificação ou transformação da nova informação, em uma forma que pode ser recuperada mais tarde”.
Dentro da memória de curto prazo ou memória recente, encontra-se a memória operacional, responsável pelo armazenamento temporário de informações para a execução de tarefas cognitivas como leitura, cálculo, planejamento e conversação. “Qualquer exercício que estimule o cérebro pode ser um facilitador para ajudar a preservar a memória. De início pode soar como algo complexo a ser elaborado e aplicado, porém, os exercícios podem ser muito simples e se transformarem em bons momentos para a pessoa idosa e seus familiares. Invista sempre em exercícios que proporcionam ao cérebro novidade, variedade e grau de desafio crescente, como a prática de ginástica para o cérebro”, conclui.
Quais atividades estimulam a memória?
Álbum de fotografias: Essas lembranças podem constar de fotografias pessoais, cartões, cartas, postais, fotografias de objetos importantes, convites, recados ou qualquer outra coisa que possa suscitar a memória biográfica da pessoa. “Crie uma linha cronológica de lembranças para facilitar a compreensão dos eventos por parte da pessoa que será estimulada com data e local de nascimento, fotos dos pais e irmãos, escola, primeiro emprego, casamento, filhos, netos entre outros”, detalhou.
Jardinagem: O interessante dessa atividade é que ela contempla muitas funções cognitivas como memória, sensação, percepção, planejamento, organização, atenção, concentração, memória olfativa, além de promover bem-estar
tanto para o indivíduo, como para seu familiar/cuidador.
Prática da Culinária: A culinária é uma ótima atividade para estimular a memória, atenção, planejamento e,
principalmente, estimular os sentimentos. Não é só colocar a mão na massa, sons, cheiros e sabores vão, aos
poucos, trazendo à tona lembranças de reminiscências.
Música: A música estimula a memória, emoções, as sensações, mexe com o corpo. Se a pessoa tiver boa mobilidade e equilíbrio, convide-a para dançar. É importante conhecer o gosto musical da pessoa e, a partir disso, criar atividades que possam englobar alguns estímulos. O trabalho com música diminui o estresse, a ansiedade, e permite a estimulação de várias partes importantes do cérebro.
Jogos e atividades cognitivas: Os jogos e atividades cognitivas são grandes colaboradores no processo de estimulação cognitiva. Se bem orientados, estimulam a memória, atenção, concentração, sensação, percepção, funções executivas, entre outras.