A ceramista paulistana, Flavia Pircher, vai expor a trilogia Kátharsis na galeria La Pigna, no Vaticano, de 9 a 19 de setembro. No mês seguinte, a Kathársis Luto segue para Paris, onde ficará exposta no Carrossel do Louvre, entre 21 e 23 de outubro. As obras são uma leitura metafórica dos pontos fracos do ser humano em busca de autopurificação e
evolução. A primeira peça da trilogia, a Kátharsis I, foi desenvolvida após os primeiros meses da epidemia da covid e a recuperação da artista acometida pela doença. “A iminência da morte nos faz refletir sobre uma série de questões acerca da existência humana e de como lidamos com a nossa própria vida. Perceber as próprias falhas, os pontos fracos e tentar melhorá-los é o que tento representar por meio da deformação do corpo nesta peça”, disse a artista. Posteriormente, a morte inesperada de seu pai trouxe um novo momento de introspecção e de criação, o qual inspirou a criação da Kátharsis Morte. “Por fora eu estava calma, mas internamente eu visualizava os estilhaços do meu coração flutuando ao meu redor”, conta. Os meses que se seguiram não foram fáceis e a peça Kátharsis
Luto representa o corpo e a alma dilacerados. “Foi uma grande honra receber esses convites para expor a minha arte na Europa. A exposição de Roma se chama Arte sem Fronteiras e contará com outros 23 artistas que vivem no Brasil. Logo em seguida veio o convite para expor no Carrossel do Louvre, que é um espaço maravilhoso dentro de um
dos museus mais incríveis do mundo. E esse é mais um ensinamento de tudo isso. A dor não persiste para sempre, a arte sim”, conclui.