A verdade sobre o etarismo

Por Cintia Castro

Olá mocinhas e mocinhos,

O tempo passa, e com ele a idade chega para todos. E, pensando nisso, trago nesta edição uma reflexão sobre uma palavra recentemente muito usada: etarismo!

O etarismo é um preconceito silencioso que permeia o ambiente de trabalho, especialmente para as mulheres. À medida que os anos avançam, uma nova realidade se impõe. A experiência adquirida ao longo de décadas é frequentemente vista com desconfiança, enquanto a juventude é exaltada como sinônimo de inovação e energia. Essa dualidade gera um ciclo de insegurança e medo nas profissionais mais velhas, que se veem lutando contra a maré de um mundo que valoriza mais a aparência do que o conhecimento.

Ao envelhecer, surgem preocupações importantes: como manter-se relevante em um mercado que parece ignorar a sabedoria acumulada? O medo do ostracismo, de ser considerada ultrapassada assombra muitas mulheres que, após anos de dedicação, se sentem invisíveis. O que antes era uma fonte de orgulho, a bagagem profissional, transforma-se em um fardo, levando à dúvida sobre sua capacidade e valor.

Mas como mudar esse mindset? A resposta está em reescrever a narrativa. Envelhecer não deve ser visto como um fardo, mas como uma dádiva que traz consigo a oportunidade de mentorar, de compartilhar conhecimentos e de trazer uma visão mais ampla e madura para os desafios contemporâneos. É preciso valorizar as experiências que moldaram uma carreira, abraçando o papel de mentoras e líderes.

A sociedade precisa reconhecer que, muitas vezes, os que vieram antes têm muito a ensinar. O respeito e a valorização dos mais velhos não apenas enriquecem o ambiente de trabalho, mas também cultivam uma cultura de aprendizado contínuo. Afinal, como diz o sábio: “O verdadeiro poder não está na juventude, mas na sabedoria que o tempo nos proporciona.” Envelhecer é um privilégio que deve ser celebrado, não temido.

** Este texto não necessariamente reflete, a opinião deste portal de noticias