Sobrenome que carrega talento, entre gerações. O músico e ator Gabriel Sater está nos holofotes porque vive um dos momentos mais importantes da carreira com a realização do sonho de participar do remake de Pantanal e lotar casas de show Brasil afora. Ao dar vida ao misterioso Xéreu Trindade, interpretado pelo pai, Almir, na primeira versão da novela Pantanal, na TV Globo, em 1990, o artista
revela que assume o “seu” Xéreu. “Foi uma construção muito livre da construção do meu pai. Ele mesmo me incentivou a buscar o meu Xeréu”. Aliás, as cenas de encontros entre o personagem de Almir, o chalaneiro e violeiro Eugênio e o atual personagem de Gabriel são pura emoção.
O músico nasceu em São Paulo, mas foi ainda criança para o Mato Grosso do Sul onde foi criado (terra
de seu pai Almir). “É muito legal poder promover e participar desse deslumbramento. Tenho muito orgulho de ser pantaneiro e poder agregar mais amores para esse lugar especial é muito gratificante”. Deixando de lado um pouco a carreira na teledramaturgia, o músico comemora o lançamento do single “Amor Marruá” ao lado de Guilherme Rondon, seu “tio” de coração. “Gabriel eu conheço desde bebê, e depois que ele começou a sua carreira musical, a gente sempre quis fazer um trabalho juntos e nunca tivemos a oportunidade, e agora aconteceu. O nome da música foi dado pelo letrista Zé Edu Camargo, e ficou tudo muito bonito. O Gabriel cantou, tocou viola e eu fiz toda produção mixagem e masterização. As expectativas com esse trabalho são as melhores, porque quando mostramos para as pessoas a
gente vê que elas se emocionam e cantam a música”.
“Amor Marruá”, faz parte do álbum “Erva Doce”, que está ganhando vida aos poucos na forma de
singles, lançados mensalmente ao longo deste ano – o primeiro deles foi “Tigre do Rio”, composição instrumental de Gabriel. “Amor Marruá” está disponível em todas as plataformas digitais, e o videoclipe com Gabriel Sater e Guilherme Rondon também foi lançado. O mesmo foi gravado pelo diretor Pedro Pinheiro na histórica fazenda Barra Mansa no Pantanal do Rio Negro (Nhecolândia), em Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, uma das principais locações da novela Pantanal.
Gabriel como surgiu a ideia do seu álbum Erva Doce?
Sempre tive vontade de gravar um álbum mais introspectivo, com uma produção mais minimalista. Com a pandemia e toda essa questão de ficarmos em quarentena, fui jogado dentro desse antigo desejo, pois todos tivemos essa vivência de estarmos sós, com nossos pensamentos e aproveitei todo esse tempo em casa para aprimorar esse projeto e colocá-lo em prática. Nesse meio tempo fui convidado para viver o Trindade na novela Pantanal, então toda a preparação para o personagem só veio contribuir de forma decisiva para a construção da identidade do “Erva Doce”, pois o Trindade também tem essa energia, esse mistério, uma beleza contida. A preparação e estudos para o Trindade somado às composições de período de isolamento social, junto à outras composições que já inspiravam os melhores sentimentos produziram o momento ideal para realização desse projeto. Eu assino a produção
musical desse álbum ao lado do meu parceiro João Gaspar, da GasparMusic. A direção artística do projeto, eu assino ao lado de Paula Cunha, da Indomável Produções Artísticas. Uma alegria a mais nesse início de ciclo foi poder contar com o patrocínio da Compensados Drabecki na produção desse CD.
De quem são as composições e participações? Tem single instrumental, né?
Já lancei a primeira música desse trabalho, a instrumental “Martins do Rio”, que compus em homenagem ao meu avô Fuad Sater. O álbum “Erva Doce” terá autorais inéditas, regravações e temas de outros artistas, muitas novidades mesmo e com presenças mais que especiais, como a do maestro João Carlos Mantins, Guilherme Rondon e outras surpresas.
E o Guilherme Rondon? E o single e clipe?
Era um desejo antigo gravar com o tio Guilherme. Tenho trabalhado muito para realizar o sonho de gravar com meus ídolos e referências musicais. Guilherme me convidou pra gravar a canção com ele, e fiquei muito feliz claro, afinal era um sonho realizado. Como estava no Pantanal para a preparação e começo das gravações da novela, pedi para o Pedro Pinheiro (da Serrana Produções), cineasta da Serra da Cantareira, ir para o Pantanal para realizarmos várias gravações nos cenários maravilhosos desse bioma maravilhoso. Assim, uma das gravações foi justamente o clipe de “Amor Marruá”. Guilherme sempre foi uma inspiração porque cresci ouvindo Guilherme Rondon! A qualidade das composições dele sempre foram uma inspiração pra mim.
O álbum está sendo lançado aos poucos? Qual é a ideia?
A ideia é essa, lançamentos mensalmente single e/ou videoclipe. Assim podemos aproveitar o momento de cada uma dessas composições.
O Pantanal, é uma grande inspiração pra você?
Eu sou uma pessoa muito ligada a natureza e suas urgências. E o pantanal está em um lugar muito especial no meu coração. Fui criado no MS, sempre aproveitando cada momento para ir para o pantanal com meu pai e amigos. É um lugar abençoado, inspirador, que tem a capacidade de recarregar nossas energias e nos conscientizar que somos todos pequenas partes de um bem muito maior, a natureza.
O que significa a oportunidade de estar novamente nesse ambiente?
É um resgate! Na correria do dia a dia, a gente pode acabar deixando um pouco de lado as coisas que realmente importam. Voltar para o lugar que considero minha origem, poder passar um tempo lindo no pantanal é maravilhoso, é um resgate de quem eu realmente sou. Essa reconexão é incrível.
Você “assume” o Xéreu Trindade que foi feito por seu pai, como foi a construção DO SEU XÉREU?
Foi uma construção muito livre da construção do meu pai. Ele mesmo me incentivou a buscar o meu Xeréu. Também tive muito apoio da Érica Altmeyer, atriz e preparadora de elenco, que foi minha colega de elenco no musical “Nuvem de Lágrimas” e da Andrea Cavalcanti preparadora de elenco da novela Pantanal, que está sendo um anjo durante as gravações da novela. Paula Cunha (da Indomável Produções Artísticas) e João Gaspar (meu produtor musical) foram fundamentais em inúmeras frentes da preparação, desde a pré produção e até agora. E claro, sou muito grato aos meus colegas de elenco maravilhosos, que possibilitam novos aprendizado todos os dias.
Recebeu muitas orientações do seu pai?
Conversamos muito logo que me mudei para o pantanal. Decidimos juntos que seria importante eu seguir minha própria construção do personagem, criar meu caminho para o Xeréu.
Teve muita roda de viola nas gravações?
Muita roda de viola, sim! Acredito que todos vão gostar e se conectar muito com essa história e seus momentos musicais. O clima foi maravilhoso nas gravações. Onde tem música, tem alegria, não é mesmo? É muito legal poder promover e participar desse deslumbramento. Tenho muito orgulho de ser pantaneiro e poder agregar mais amores para esse lugar especial é muito gratificante.
Um momento emocionante nas gravações?
Acho que a gravação da primeira cena, né!? A estreia sempre é emocionante! Só não posso contar como
foi! Hehe! Tem que assistir!
Como foi fazer par com uma grande atriz como a Camila?
É uma honra contracenar com a Camila, que é uma atriz maravilhosa e um ser humano sensacional. Sou
muito grato pelos ensinamentos, amizade e paciência dela comigo!
O que é pra você fazer parte desse elenco e também de estar nesse remake?
É um sonho! Sempre foi um sonho, desde menino! De alguma forma, sempre acreditei que essa novela, um marco da dramaturgia, poderia ganhar um remake. E desejei mais que tudo fazer parte dessa nova história. Viu?! É real! Sonhos se realizam!