Carla Trematore e a motivação de sua mãe
Meu primeiro incentivo para estar onde estou veio da minha mãe e de sua sabedoria relacionada a uma independência que ela não teve, por optar pela dedicação plena à família, numa época em que as opções eram quase que impostas às mulheres. Hoje, crio minhas filhas pautada pelo mesmo incentivo, mas mostrando, na prática, que é possível às mulheres estarem em qualquer posição que elas almejem, incluindo as cadeiras de conselho.
Claudia Elisa Soares e as perguntas para inovar
Mas sabemos que inovar por inovar, sem ter um embasamento que suporte a ação, representa um alto risco para o futuro da empresa. Uma mudança estratégica ou tática mal planejada pode gerar prejuízos irreversíveis. Por isso, é necessário investir tempo e inteligência na formulação das perguntas, tais como:
1) O que é inovação para nós?
2) Que tipo de inovação iremos adotar?
3) Qual é o objetivo da inovação?
4) Como iremos inovar?
5) Quais indicadores serão usados na governança das frentes de inovação?
6) Quais prazos e estrutura são necessários? Esses questionamentos gerarão a reflexão necessária para a obtenção das tão desejadas respostas e o mesmo procedimento pode e deve ser adotado em todas as pautas.
Claudia Pagnano conta o segredo de um bom conselheiro
Atualmente, as empresas não prestam mais contas somente a seus acionistas, mas à sociedade como um todo. Portanto, o conselheiro(a) precisa ter uma atuação mais expandida e fluida. A conselheira bem-sucedida é aquela aberta ao diálogo, que busca estar engajada e alinhada com as necessidades do tempo presente e que tenha um compromisso autêntico com as demandas da sociedade para agir e impulsionar as transformações necessárias na empresa.
Cristina Tuna ensina a ver com o outro um olhar para o mundo
Não gosto da palavra networking. Tem um viés perigoso de relações de negócio. Prefiro pensar no capital que ele emula. O capital financeiro é aquele fio da navalha para a vida, o capital intelectual só acumula e o capital relacional precede os dois. Pense comigo. O outro lhe dá o outro olhar para o mundo. É um banquete de novos saberes e perspectivas, de conforto no coração, de rir da vida e de ser o fisioterapeuta do tropeço. São conselheiros diferentes que a vida lhe dá.
Fatima Raimondi se motiva com olhar que tem para si
Eu costumo dizer que existem múltiplas Fátimas dentro de mim e procuro vivê-las em sua plenitude, pois sei que todas elas têm sempre um elemento único a oferecer na minha caminhada. Alinhar os talentos de cada uma e com eles fazer algo de valor tem sido a motivação de minha vida pessoal e profissional. Da mesma forma, o novo e a diferença que as outras pessoas trazem me encantam e ajudam a compor algo maior e pode ter sido, talvez, o embrião da executiva e conselheira que me tornei.
Isabella Saboya ressalta as qualidades femininas
Eu acho óbvio observar que homens e mulheres são diferentes. Correndo o risco de generalizar, mulheres podem ser: 1) mais minuciosas; 2) mais avessas ao risco; 3) mais comunicativas; 4) mais abertas ao contraditório. Eu testemunhei que mulheres não têm vergonha de perguntar o óbvio e pode ser daí que saem bons debates. Não foi surpresa que após a tragédia de Brumadinho apenas as três mulheres do CA tinham anotações detalhadas das reuniões anteriores. E podem acreditar que isso teve sua serventia!