A presença feminina na Construção Civil vem crescendo nos últimos anos. No Brasil, foram criados vários projetos para qualificar a mão de obra feminina, entre eles o Programa Mulheres Construindo Autonomia na Construção Civil, criado em 2012 pelo governo federal, tendo como propósito formar mulheres de baixa renda para a inserção nesse mercado de trabalho. O Terceiro Setor também vem estimulando o ingresso de mulheres na construção. Das iniciativas criadas, destacam-se o projeto Mão na Massa, no Rio de Janeiro, e a ONG Mulheres em Construção, no Rio Grande do Sul. As propostas têm como objetivo oferecer cursos de formação na área da construção civil, promovendo autonomia e empoderamento das trabalhadoras. Tatiana Fasolari, vice-presidente da Fast Engenharia é um exemplo de quem conquistou seu espaço no setor majoritariamente masculino. Após assumir o negócio da família, a executiva trouxe um novo olhar para a empresa que, hoje, é considerada a maior
da América Latina voltada para overlays (montagem de grandes estruturas provisórias). “A luta para conseguir representatividade em um setor masculino não é fácil. Os resultados recentes do setor são animadores, porém não o suficiente, mas seguimos em busca de mais inclusão”, comentou. A empresa dobrou o seu quadro de mulheres totalizando 40, que possuem o salário igualitário ao dos homens. “Nosso time no Chile é praticamente de mulheres, entre elas engenheiras, gestoras e arquitetas. Buscamos sempre dar preferência para a mulher”, afirma. Na liderança da Fast Engenharia, Tatiana coordenou a montagem de grandes eventos como os Jogos Olímpicos Rio 2016, Copa do
Mundo FIFA 2014, GP de Fórmula 1 de São Paulo, Jogos Olímpicos da Juventude Buenos
Aires 2018, Jogos Pan-americanos Lima 2019 e Jogos Sul-americanos Assunção 2022. Além
de todas as edições do Rio Open e dos Jogos Pan-americanos Santiago 2023, que acontecerão em outubro deste ano.