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Margareth Senne e a luta diária para transformar seu trabalho
“Se eu encontrei dificuldades para realizar o meu trabalho? Sim, posso dizer que tive resistências, funcionários que são treinados para executar e não o fazem, quase que um boicote silencioso à consultoria, mas com o jogo de cintura peculiar de um bom consultor de gestão é possível contornar e resolver essas adversidades. O sucesso de um consultor de gestão rural depende do grau de envolvimento do produtor com o projeto, pois quanto maior for a importância percebida pelo produtor maiores serão os benefícios e resultados gerados”.
Melina Lobo e a o descobrimento do significado de herança
“Se a herança é um presente, posso escolher o que fazer com ele, certo? Errado. Esse presente vem recheado de crenças, por exemplo, a de que você tem de fazer isso ou aquilo para “honrar” os ancestrais que transmitiram o patrimônio. O presente vira uma prisão, cercada de expectativas dos outros sobre o que o presenteado deve ou não fazer com a própria vida. Os problemas se avolumam em um período difícil, quando perdemos alguém que amamos e que muitas vezes representava uma boa parte da nossa estrutura emocional”.
Mariana Brayn Caetano e as verdades do agronegócio
“Logo que eu cheguei, um funcionário me chamou pra me dizer que eu era muito educada e que “na roça” o pessoal era acostumado a obedecer na base do xingamento e que, se eu não subisse o tom de voz, ninguém me atenderia. Quem me conhece um pouco sabe que eu não sei falar palavrão e que poucas vezes na vida aumentei o tom de voz. Felizmente ele estava errado; durante os 14 anos atuando diretamente no campo, nunca ouvi qualquer palavra desrespeitosa, insubordinação de algum colaborador ou prestador de serviço, aliás, sempre foi o oposto disso. Mesmo que não concordássemos com algum ponto, o clima sempre foi respeitoso e amigável”.
Patrícia Amélia Bueno e seus aprendizados no agronegócio
“Sou uma conselheira de vanguarda. Me aprofundo nas relações com o executivo para entender onde existem oportunidades de trabalho para o Conselho, com o olhar na perenidade da companhia. É parte da atribuição estar atualizado com os aspectos relacionados ao negócio, é ter a sensibilidade e respeito para com a cultura e ritmo de evolução da companhia, sem perder o olhar do objetivo principal que é a implementação das melhores práticas de governança e assegurar o futuro da empresa. Me encontrei nesse lugar. Aqui há a convergência dessa carreira multifacetada, da qual novos desafios sempre fizeram parte. Me sinto realizada por poder contribuir para que o setor do Agronegócio brasileiro evolua em ESG e Inovação”.
Maria Carolina Freire Roberto de Lima e o trabalho sustentável para mudar vidas
“Para mim, sustentabilidade não é reurbanizar favelas e, sim, não deixá-las se formarem. O maior motivo para o aparecimento das favelas é o êxodo rural. O homem do campo, quando perde seu emprego, vai para as cidades. Ele nunca pagou aluguel. Ele, sem dúvida, vai morar em uma favela. Nós precisamos criar melhores condições para que
ele não perca seu emprego no campo. Não podemos permitir, como cidadãos, que erros do passado sejam motivos para diferentes erros futuros. Se a escravidão é uma vergonha do nosso passado, hoje em dia a miséria é a vergonha da humanidade”.
Nina Teles Plöger convida as mulheres a assumirem o protagonismo
“As mulheres conquistaram seu espaço, deixaram de estar à sombra de uma sociedade. Temos de reconhecer que temos o poder pessoal necessário para assumir autonomia e autogestão em todas as circunstâncias, sejam elas familiares, profissionais, políticas e econômicas, pois alcançamos um nível com uma presença legitima que nos pertence por nossas conquistas, competências pela luta do que é correto, justo, num espaço de liberdade e justiça. Convido as mulheres a irem a outro lugar, um lugar de liberdade. É primordial assumir a responsabilidade e o poder que nos é conferido. Vai demandar trabalho, mas vamos aprendendo e nos tornando cada vez mais fortes e livres dessas circunstâncias, deste status quo que a sociedade nos impôs, com crenças e ideias de submissão que antes nos limitavam”.
Paula Packer e os desafios da mulher no Agronegócio
“Ser mulher, neste ambiente ainda preponderantemente masculino, cria oportunidades escalonáveis a todo instante, pois os desafios não cessam, nem mesmo quando se atinge o sucesso. É nesse ambiente que a resiliência me motiva a fazer novas entregas e a buscar soluções inovadoras, a fim de promover o desenvolvimento contínuo, bem como alcançar as metas estabelecidas para uma agenda positiva na interface Agricultura e
Meio Ambiente”.
Valdeane Cerqueira e as reflexões de seu filho
“Tenho muitas preocupações e aflições de mãe, e uma delas que estava latente saltou há alguns meses, quando João estava estudando história e o tema era colonização e escravidão. Ele me indagou o motivo pelo qual a nossa pele é “marrom” e por que as pessoas causavam sofrimento para os escravos e por que já o chamaram de “escuro”. Eu engoli seco e fiquei sem resposta; recordei do preconceito que sofri por ser negra, pelo meu cabelo crespo, por ser nordestina, por ser mulher no meio profissional em que a maioria é homem e por ser mãe e precisar faltar ao trabalho quando o filho está doente ou porque tem apresentação da escola e ele esperava me ver para perder a timidez. Nunca apoio a vitimização de qualquer origem, mas defendo o direito de igualdade. Seria muito complexo e confuso relatar todas as adversidades que precisei superar em um capítulo”.
Sandra Castrucci Di Moise e o “encarar”de desafios
“Eu precisava desse encorajamento, mas tive confiança suficiente para encarar o desafio, sabendo que possuía as qualificações para a posição, bem como a motivação para adquirir novos conhecimentos, e a atitude correta para ser bem-sucedida. Aqui saliento dois mitos: 1. Mulher não apoia outra mulher – totalmente falso; fui apoiada, apoiei e continuarei a apoiar mulheres com talento, paixão e vontade. 2. Síndrome de Impostor – Verdadeiro, nós mulheres nunca achamos que estamos 100% preparadas para uma posição maior, muito por oposição dos nossos pares do gênero masculino”.
Viviane Murad acredita que as mulheres podem mais
“Às vezes, pensamos que nossa dor é a maior do mundo, mas não é, todos enfrentam seus obstáculos. Os anos, os sacrifícios, as responsabilidades, mas também as conquistas, as vitórias, a família, não importa o quanto às vezes possa parecer difícil, fazem parte da nossa missão. Só amadurecemos através das nossas experiências e aqueles que desistem nunca alcançam seu objetivo. Vocês podem construir sua vida aos pouquinhos com atitude, coragem e determinação naquilo que desejam e na concretização daquilo em que acreditam. Somos mulheres, podemos tudo”.
Rosangela Zacarias Machado e a força das mulheres
“Nesses últimos anos, as mulheres estão mostrando força, coragem e determinação. O número delas em todos os empreendimentos é cada vez maior. É certo que ainda enfrentam inúmeras dificuldades decorrentes do preconceito e do machismo, oriundos do contexto histórico, mas que pouco a pouco vêm modificando o comportamento da sociedade em relação à evolução da mulher. Pode ser difícil, mas não é impossível. Com determinação e competência, a mulher vence e, nesse sentido, seu maior escudo são a ética e o moral elevado. Empreender em
qualquer área é possível e a mulher deve ter força e coragem, mas planejar é fundamental”.
Vanessa Tenório e a paixão pelo que se faz
“Já é lugar comum se ouvir que para “dar certo” é preciso ter paixão pelo que se faz. Isso que muitos interpretam como senso comum é, na verdade, comprovado cientificamente. A neurociência demonstra que existe um fundamento bioquímico nessa afirmativa. A dopamina, um neuromodulador/neurotransmissor que nosso cérebro produz, é o responsável por nos fazer “querer mais” daquilo que nos dá prazer. Como para se conquistar qualquer coisa na vida é preciso esforço contínuo, é fundamental que tenhamos prazer no que fazemos para que consigamos manter esse esforço e chegar aonde queremos”.
Livro “Mulheres no Agronegócio: O sucesso feminino no campo”, Editora Leader