Lauren Ridloff, mais conhecida como Connie de ‘The Walking Dead’, falou sobre sua experiência no estúdio do longa
Lauren Ridloff, 43, é a primeira atriz surda a trabalhar em uma produção da Marvel Studios. Conhecida por seu papel como Connie em The Walking Dead, ela irá interpretar Makkari no longa Eternos, que tem lançamento previsto para 5 de novembro no Brasil.
Em entrevista ao jornal New York Times, Lauren falou sobre sua experiência no set de filmagens na produção de super-herói da Marvel.
Ridloff contou que enfrentou seu medo de ser surda em um grande set de filmagem. “Eu cheguei no set acreditando que eu tinha que mostrar como era fácil trabalhar comigo, uma pessoa surda; eu estava preocupada sobre parecer ser muito frágil. Mas depois de trabalhar com os outros, eu me dei conta de que todo mundo tem seu próprio amontoado de desafios, e que eu precisava pensar sobre o que entregar como atriz, e não se desculpar por isso.”
Os desafios apareceram, como ser avisada de que entraria em cena quando estivesse de costas. “Em algumas cenas, eu tinha que estar de frente para uma parede. Como pessoa surda, como você me avisa que chegou na minha parte?”.
Ela então contou que a solução veio da colega de elenco, Angelina Jolie. “Chegou um momento em que eu estava dividindo minhas frustrações com a Angie [Angelina Jolie] em uma festa, num feriado, depois de um dia de filmagens. E ela imediatamente fez uma sugestão: ‘por que nós não usamos uma caneta de ponta de laser para fazer um círculo na parede que os efeitos especiais podem apagar com facilidade?’. Foi um momento ‘Aha, wow’. Toda vez que eu estava virada para a parede, os intérpretes usavam uma caneta de laser para fazer um círculo na parede: ‘rodando, rodando, rodando’, e quando ele sumia isso significava, ‘ação'”.
Lauren se mostrou otimista quanto à inclusão de outros atores com impossibilidade ou dificuldade de ouvir nos sets de filmagem. “Hollywood finalmente está descobrindo porque é tão importante ter representação, e o como fazer isso. […] Precisamos ter roteiristas surdos e talento criativo envolvido no processo dentro e fora dos palcos”, explicou ela. “Isso leva a uma representatividade mais autêntica nas telas”, concluiu.