Por Larissa Roma
O dom de cuidar passado de pai para filha. Assim se resume a história da Dra. Andressa Mussi. A mineira, formada em medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora, concluiu sua residência de cirurgia geral e cirurgia plástica no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.
Mesmo no início da carreira, sob orientação e zelo próximo da família, Andressa fez diversas especializações em busca de sempre oferecer o melhor a seus pacientes. Uma das mais renomadas aconteceu no Fellowship de Cirurgia Craniomaxilofacial do Hospital das Clínicas da USP, também na capital paulista.
Atualmente, a médica participa de diversos congressos e workshops de atualização na área da cirurgia plástica, com destaque para o Curso de Rinoplastia e Cirurgia Estética de Dallas, nos Estados Unidos, além do Curso de Mastopexia com técnica Short Scar e Cicatriz em L, em Balneário Camboriú, no Brasil. Hoje, a Dra. Andressa Mussi atende em consultório próprio no bairro de Moema, em São Paulo, e opera nos principais hospitais da cidade.
Qual foi o momento de sua carreira em que você se sentiu mais realizada?
No momento atual: sinto que, ao longo dos últimos anos, amadureci e me tornei mais experiente, com mais autoridade dentro da cirurgia plástica nacional e internacional. Cada feedback positivo das minhas pacientes gera uma satisfação enorme. Isso me motiva a continuar a dar o meu melhor e a exercer esse dom que Deus me deu de transformar a autoestima das pessoas e impactar positivamente a vida delas e de todos ao seu redor.
Quais são os principais desafios que você enfrenta na sua prática profissional e como os supera?
O principal desafio é a concorrência. Na cidade de São Paulo, tem muitos cirurgiões plásticos, cada um com um modelo de negócio diferente, além de valores discrepantes. Nesse mercado, é mais difícil de se destacar num contexto geral, falando principalmente da minha área, que envolve a cirurgia plástica estética. Para superar esse desafio, procuro me atualizar em técnicas mais avançadas com cursos e congressos, entregar sempre o meu melhor, ter uma boa relação médico-paciente e manter a minha comunidade de pacientes satisfeitos e felizes.
Quais são os valores e princípios que guiam o seu trabalho na área da saúde?
Desde a infância, aprendi a gostar de medicina e do seu poder de cuidar do próximo com meu pai, que é ortopedista e fonte de inspiração maior pra mim. Desde então, levo comigo os valores e princípios passados por ele, de muito respeito à dor do próximo, empatia, amor pelo que faço, dedicação e foco para ser uma profissional de destaque e que faça diferença na vida das minhas pacientes.
Como você vê a importância da conexão entre a mente e o corpo na promoção da
saúde e do bem-estar?
Nossas ações são reflexos do que se passa na nossa mente, por isso é muito importante manter a mente sã, treinar a nossa inteligência emocional, para, assim, nosso corpo reagir da melhor forma aos desafios da vida, tanto profissional quanto pessoal. Uma mente sã torna o corpo mais forte e preparado para enfrentar os desafios da vida e, com isso, também conseguir cuidar do próximo. Levo esse conceito tanto para a minha vida quanto para a vida dos meus pacientes, tentando orientá-los a ter uma mudança de mindset, que foque no autocuidado e, assim, melhore a sua saúde como um todo.
Quais são as principais tendências e avanços que você observa na medicina e na área da saúde atualmente?
Atualmente, a medicina está atingindo áreas inimagináveis, seja com o avanço da robótica nas áreas cirúrgicas como urologia, gastrocirurgia, por exemplo. Mas também estamos presenciando, cada vez mais, o crescimento da inteligência artificial, seja na área diagnóstica, seja na terapêutica e na divulgação de conteúdo médico.
Como você lida com situações de estresse e pressão no ambiente de trabalho?
A vida do adulto se baseia em tomadas de decisões diárias, mesmo aquelas pequenas escolhas que temos que fazer ao longo do nosso dia. Quando se fala de pressão e estresse no trabalho, que são inevitáveis, ainda mais no meio competitivo que é a medicina, e mais especificamente a área cirúrgica, eu procuro aliviar a tensão com uma rotina diária de autocuidado. Essa rotina consiste em hábitos como orar assim que acordo, tirar 15 minutos para fazer uma meditação guiada, leitura de livros não médicos e 1 hora de musculação e/ou corrida, de preferência antes de ir trabalhar. Essa rotina, me mantém em paz, equilibrada e focada no que realmente preciso para ter uma vida de qualidade, no trabalho e no pessoal. Procuro nunca inverter a ordem: saúde, família e trabalho.
Quais as principais lições que você aprendeu ao longo da sua carreira na área da saúde?
Dentre as lições que aprendi ao longo da minha carreira, uma das mais importantes é nunca perder a empatia pelo próximo, pois nós podemos conhecer todas as teorias e dominar todas as técnicas, mas, ao tocar uma alma humana, devemos ser apenas outra alma humana. Não podemos deixar que a rotina extenuante da medicina nos faça perder a essência de gostar de cuidar e fazer bem ao próximo, o nosso amor pelo que fazemos e o brilho nos nossos olhos.
Qual é o impacto que você deseja causar na vida dos seus pacientes e como você busca alcançá-lo?
Eu procuro, através do meu conhecimento e técnicas em cirurgia plástica, orientar meus pacientes sobre como podemos melhorar a sua autoestima e, assim, transformar e impactar toda a sua vida, uma vez que as nossas atitudes são baseadas no que se passa na nossa mente. Uma autoestima forte, mentalidade forte, leva as pessoas a lugares que elas jamais imaginavam alcançar.
Que conselho você daria para jovens profissionais que estão iniciando suas carreiras na área da saúde?
Tenha paciência. Na área médica, passamos longos anos estudando, uma média de 10 a 12 anos, incluindo faculdade, residência, fellowship. Demoramos a entrar efetivamente no mercado de trabalho da área que gostamos. Mas toda essa preparação faz parte do nosso processo evolucional, seja no aspecto profissional quanto no pessoal. Curta o processo, aprenda, pratique, se doe, mas não deixe de viver a vida da melhor forma que conseguir, se relacionando bem com as pessoas, tendo seus hobbies e aproveitando o hoje. O fim sempre vale a pena.