Que a pandemia mexeu com tudo e todos, nós já sabemos, mas no ranking dos relacionamentos tivemos vendaval e tufão, tudo junto e misturado, ao mesmo tempo. Porque? Durante a pandemia muitos casais se separaram porque com o peso da convivência em casa, com cobranças, medos, sem respiro e sem poder jogar os problemas pra debaixo do tapete, a verdade veio à tona. Sim com a rotina de passar o dia longe do amado ou amada os relacionamentos prosperam porque as pessoas tem seu espaço e muitos, não aguentaram ali acordar, dormir, trabalhar, limpar, comer, enfrentar e surtar, tudo junto e misturado. Sem falar naqueles ou naquelas que tinham relacionamentos casuais mesmo
sendo casados e não puderam mais manter os encontros, né… Foi uma faca de dois legumes porque na quarentena, quem tinha um adulto em casa pra conversar, pra trocar carinhos, experiências, transar e etc pôde comemorar (ou não) poder dividir isso com alguém. Já quem estava solteiro ficou ainda mais carente, desacreditado da humanidade, desequilibrado e porque não dizer, riu ao ver o circo de horrores desmontado na casa do amigo ou amiga que comentava não aguentar mais o parceiro ou parceira… Sim, fogueira de sentimentos, não?
Posso dizer que a pandemia acelerou tudo, no modo bom e no modo ruim. Claro que alguns benefícios
diante da tecnologia que nos foi implantada quase que obrigatoriamente já apareceram e vão permanecer por muitos anos, porém ainda há resquícios de exageros que nos leva a consequências sem fim. O autoconhecimento é a nossa vitamina essencial para não nos deprimir nem nos desregular por inteiro. Pensar positivo ou ter força de dar a volta por cima são temas clássicos (ou seja, eternos). Ser resiliente é ser humano, forte, frágil, humilde, determinado. Não tem uma regra de “ideal de pessoa”, mas é preciso estar em evolução, observando tudo e a todos. Então, resumindo essas linhas e já lhe dando mais um puxão de orelha sinto informar que a pandemia serviu para chacoalhar as pessoas, mas
quem era bom continuou bom e quem era ruim ficou ainda pior porque acabamos, por autopreservação, desenvolvendo um egoísmo fora do comum e isso é um pouco “natural”. Depois do trauma e encarando a morte bem de pertinho, muita gente questionou como estava sua vida se ela findasse naquele momento, naquele ano, naquele período e uma tonelada de gente também não gostou do que descobriu e concluiu: que não estava feliz diante daquele relacionamento ou casamento e que era hora de fazer algo para mudar.
Já que expliquei que o ser humano ficou atordoado com as informações e sensações pós pandemia, vou
falar do luto vivido pelo rompimento em si. Depois de passar pela experiência da separação, você aprende algo que será marcante e vital para o resto de sua vida: APRENDE A SER EGOÍSTA e querido, depois da pandemia, você fica egoísta vezes dez, como eu já expliquei acima. Ok se você escolheu separar na pandemia tenho uma notícia para te dar: a vida mudou radicalmente e você deve estar preparado para o que se segue daqui em diante. Tudo muda: a relação com o ex ou a ex, com os filhos, com as famílias, com o trabalho e, principalmente, a relação mais importante do mundo: a relação com você. E vá se acostumando a ficar alienado com tanta movimentação, sua saúde mental, agradece.
Resumo da ópera: quem e o que importa tem apenas quatro letras: VOCÊ. Aprenda isso, aplique isso e seja mais feliz, dia após dia.
Por Renata Rode
Renata Rode é jornalista, escritora, assessora, editora da Revista Infomente, produtora da TV Jovem Pan, ariana e mãe, tudo junto e misturado.
@renatamrode