Como uma empresária uniu estilo e ousadia e criou mais que um negócio
A primeira vez que Ana Pasternak mergulhou no universo da moda ela tinha 12 anos, e estava passando na porta de uma malharia que deixava as sobras de tecido do lado de fora da fábrica. Um dia tomou coragem e pediu para reciclar aqueles tecidos em acessórios para cabelo. E revendeu as peças feitas com retalhos para a confecção! “Minha primeira faculdade foi de publicidade. Eram os anos 90 e moda veio como um segundo curso logo depois, junto com Design de Interiores. Foram anos incríveis porque armazenei experiências de vários negócios ligados à publicidade (agência de fotógrafos), design de interiores e moda, com uma confecção de underwear. Assim, em 2002 fundei a Virgemaria”, conta Ana.
A ideia da marca surgiu porque ela sempre pensou em oferecer boas oportunidades a seus clientes, um jeito fácil e descomplicado de vestir, com peças responsáveis e controle de produção sustentável. “Lembro que nessa época eu era chamada de maluca, muita gente falava que não precisava. Mas sempre acreditei que o verdadeiro luxo é conhecer quem faz sua roupa e como é feita. Assim comecei a confeccionar para outras marcas e ganhei uma concorrência gigantesca para Vale”, fala. Em paralelo, Ana começou a prestar assessoria de imagem para a mídia, tanto impressa como TV e, na época, uma incipiente internet. Ela ainda passou a atender executivos como personal stylist consultora de imagem. Muitas vezes, ao organizar um guarda roupa percebia os diferentes tamanhos de roupas para mesma pessoa, e muitas questões sobre imagem pessoal que nada tinham a ver com roupas, questões que também incomodavam a ela. Em 2014, quando teve seu filho começou a direcionar o olhar para novos horizontes, sempre preocupada com meio ambiente e o futuro. “Fiz um curso pelo Institute of Integrative Nutrition de Health Coach para ajudar de uma maneira mais efetiva meus clientes porque como health coach aborda um perfil holístico que cuida da pessoa como um todo e assim, em 2014 me interessei por joalheria. Fiz toda formação de bancada, design e gemologia com especialização em diamantes”, explica.
Inquieta como sempre, após o período de confinamento, Ana juntou todas estas formações em um espaço rebatizado de Casa Ana Pasternak, onde as costureiras, com consultoria dela, reciclam as peças de clientes aproveitando o máximo a vida útil de cada roupa, onde novas peças de design brasileiro e com cara de Brasil são comercializadas com consultoria, onde joias de família podem ser repensadas em design mais moderno ou incorporadas a novas peças de Ana Pasternak ou de outras designers que expõe lá. Interessante, não? O espaço ainda conta com manicure, massagem, cabeleireiro e escola de pintura em fiança, tudo isso para proporcionar momentos agradáveis e de troca entre estas mulheres. Quer saber mais?
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