As Distonias são consideradas distúrbios neurológicos que afetam o movimento e são caracterizadas por contrações musculares sustentadas ou intermitentes, produzindo anormalidades dos movimentos, alterações nas posturas corporais, ou ambos. Segundo o Ministério da Saúde, existem cerca de 65 mil casos do problema diagnosticados no Brasil e estima-se que há, no mundo, aproximadamente 7 mil casos para cada milhão de habitantes. O maestro João Carlos Martins, que possui uma forma de distonia nas mãos, é o caso mais conhecido do país. De acordo com o neurocirurgião do Hospital das Clínicas, Dr. Kleber Duarte, a distonia é uma doença que surge de forma gradativa, podendo surgir como um discreto tremor ou câimbra. Outras vezes, surgem como reação a algum medicamento específico
ou intoxicação e pode ser de origem genética. “O diagnóstico depende de um relato completo da história clínica, de um bom exame físico e neurológico e de exames complementares. Em casos específicos, um teste genético poderá ser solicitado”, explica o especialista. A doença pode ser tratada com cirurgia. “Operamos uma média de 20 casos por ano. Tratamos centenas de doentes com distonia. Há desde cirurgia em músculos, nervos, medula, até DBS e implante de bomba para infusão de medicamentos no Sistema Nervoso Central”, explica o médico. O tratamento inclui fisioterapia, terapia ocupacional, psicoterapia, uso de medicamentos, injeções de toxina botulínica e cirurgias.